Três décadas se passaram, mas o Brasil continua dividido entre os que nasceram no berço de ouro e os que compraram o berço parcelado e é por isso que Rainha da Sucata volta a brilhar. A Globo confirmou o retorno do clássico de Sílvio de Abreu, que chega dia 3 de novembro no lugar de A Viagem, pronta pra provar que o “trash” dos anos 90 é, na verdade, patrimônio emocional do brasileiro.
Na história, Maria do Carmo (Regina Duarte) é a mulher que ficou rica com sucata, mas nunca conseguiu entrar pela porta da frente da alta sociedade paulistana. Do outro tlado, Laurinha Figueroa (Glória Menezes) — a vilã elegante, que bebia veneno em taça de cristal e chamava emergente de “vulgar” com um sorriso no rosto.
O resultado? Uma novela com briga de classe, ombreira gigante e trilha sonora de quem subiu na vida ao som de New York, New York.

5 Curiosidades que valem ouro
1. O Plano Collor pegou a novela no meio! O Brasil congelou o dinheiro, o público surtou e a trama precisou mudar às pressas, virou novela e documentário da realidade ao mesmo tempo.
2. Sílvio de Abreu fez escola: Rainha da Sucata inaugurou o “dramalhão debochado” que depois viraria fórmula de sucesso da Globo.
3. O elenco é um monumento: além de Regina e Glória, tinha Tony Ramos, Edson Celulari, Aracy Balabanian e um figurino digno de exposição no MIS.

4. A abertura é puro suco de anos 90: metais, brilho, sucata girando e um piano dramático que faz qualquer um querer uma fábrica de ferro-velho só pra ser chique igual à Maria do Carmo.
5. Rainha da Sucata volta pra lembrar que no Brasil, o luxo e o lixo sempre andaram de mãos dadas e que ser emergente, no fundo, é só ter coragem de brilhar sem pedir desculpas.