O poder transformador da música encontra novo lugar e, desta vez, a potência da ancestralidade em “Canto do Vento” do grupo Cantos Nativos Wyaña Kariri Xocó e produção de Alok, passa a ser tema oficial da Seleção Indígena de Futebol do Brasil e das Américas (Sifba), única equipe reconhecida pelo Ministério dos Povos Indígenas e pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A canção que integra o álbum O Futuro É Ancestral, lançado em 2023, é um chamado da força dos povos originários e sua conexão com a vida.
“‘’Canto do Vento” é uma música de conexão com os ancestrais e com a vida, representando a espiritualidade e a tradição do povo Kariri Xocó. A voz dos ancestrais vibra com a seleção indígena”, diz Buzurã Kariri Xocó, líder do grupo Cantos Nativos Wyaña Kariri Xocó.

Através do Instituto Alok, a música foi cedida por Alok e os Kariris Xocós no objetivo de divulgar e valorizar a cultura dos povos indígenas por meio do futebol. À saber, foi aprovado o PL 4676/2023, que inclui na Lei Pelé o Subsistema do Esporte Indígena, reconhecendo e valorizando as práticas tradicionais desses povos como a corrida de tora, lutas cerimoniais e jogos de resistência.
“Quando a batida sagrada que nasce da terra, atravessa gerações e encontra seu lugar nos gramados onde o futebol se transforma em expressão cultural, resistência e identidade. Quando a bola rola, ela carrega mais do que talento, carrega história, memória e pertencimento. Juntos, temos agora uma aliança simbólica e potente, que pode ser ouvida em todas as plataformas de áudio. Agora, com o coração vibrando no mesmo ritmo da nossa música, a Seleção entra em campo com a força de milhões de brasileiros”, publicou o perfil da Sifba nas redes sociais.

A Sifba se prepara para disputar sua primeira competição oficial, a Copa Indoamérica, prevista para ocorrer em 2026, no Brasil.
O Futuro É Ancestral é um movimento que reafirma a importância dos indígenas ocuparem os mais diversos espaços sociais e culturais da sociedade, o seu álbum faz parte da Coleção Som Nativo composto de oito trabalhos de diferentes etnias brasileiras. As músicas do álbum estão em línguas nativas e para além de serem entendidas, são para serem sentidas.
O Instituto Alok já investiu mais de R$6 milhões em iniciativas com grupos indígenas brasileiros.
