Pablo Marçal escolheu o caminho mais difícil. E escolheu de propósito. Ao declarar apoio a Flávio Bolsonaro, ele deixou claro que não está brincando de política nem ensaiando discurso para plateia confortável.
Sem querer magoar Jair Bolsonaro, Pablo foi direto ao ponto. Disse o que muita gente cochicha e poucos têm coragem de falar em voz alta. Esse é o Bolsonaro que sempre quisemos ver. O que se posiciona quando o risco é real e o alvo vem carimbado.

E não é pouca coisa. Ter coragem, hoje, significa aceitar virar alvo número um do Lula e da máquina ideológica que gira em escala global. Isso aqui não é sobre animar campanha, não é sobre divertir eleitor. É jogo pesado. É cargo grande. Flávio é senador da República. E isso pesa. Muito.
Pablo fez questão de registrar. Flávio é um homem justo, um homem correto. E quando a esquerda bate, não bate com flor. Bate para derrubar. A resposta, segundo ele, não é recuo elegante nem silêncio estratégico. É guerra. Sem drama e sem vitimismo.
O apoio vem com algo raro nesse meio. Compromisso. As portas estão abertas. Se houver custo, paga junto. Se houver desgaste, divide. Se a pancada vier no rosto, ninguém finge que não viu. Vai junto.
Pablo diz acreditar nesse coração. Acreditar de verdade. Apostar que Flávio pode fazer diferente do roteiro velho que cansou o país. E se tentarem enquadrar, isolar ou moer no grito, não será sozinho.
Tradução simultânea para quem entende de poder. Aqui não tem aplauso de longe. Tem trincheira. E ninguém entra fingindo que não sabe o preço.