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Kátia Flávia
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Mônica Martelli revela que foi estuprada aos 14 anos: “Foi uma luta corporal”

A atriz afirma que só entendeu que, na época, foi estuprada há pouco tempo.

Kátia Flávia

12/01/2023 14h30

A atriz afirma que só entendeu que, na época, foi estuprada há pouco tempo.

Gente, como é que ainda existem pessoas  que são contra a adesão da educação sexual, sendo que com ela, casos como esse poderiam facilmente serem evitados? Durante a sua entrevista ao podcast “Quem Pode, Pod”, que é apresentado pelas lindíssimas Fernanda Paes Leme e Giovanna Ewbank, a atriz e autora Mônica Martelli revelou que foi estuprada quando tinha apenas 14 anos.

Ao ser questionada, por uma das anfitriãs do programa, sobre quando teria desenvolvido o prazer sexual e com quantos anos perdeu a virgindade, Martelli relatou que foi aos 14, porém, não foi algo prazeroso.

“Eu tinha 14 anos e não foi fácil. A questão é a seguinte: Eu sou de uma época em que você ter uma luta corporal com o menino era normal. Em que sentido? Você beijava o menino, ela vinha com a mão no peito. Você tirava a mão no peito, ele [colocava] a mão na bunda. Então você passa a noite beijando e na luta corporal, entendeu? E isso era normal”, começou a explicar.

Em seguida, a atriz conta que mesmo sendo apaixonada pelo menino, sua primeira transa foi uma luta corporal, a qual ela não queria participar. Neste momento, Mônica também descreveu os estereótipos que geralmente são associados a estupradores. 

“Aí, a primeira transa foi assim. Era um menino que eu era apaixonada, surfista, de Macaé [Rio de Janeiro]. Aí a minha primeira transa foi assim, essa luta corporal, mesmo eu sendo apaixonada. E quando a gente estava falando sobre estupro, porque na minha cabeça, na minha geração, o que que é estupro? Um beco escuro, um cara com capuz e uma faca”, continuou a atriz.

A artista conta que, após muito tempo do ocorrido, ela entendeu qual o  verdadeiro significado da expressão ‘estupro’, chegando a conclusão de que era exatamente isso que lhe havia acontecido. 

“Quando eu entendi, e nós entendemos de pouco tempo para cá, que teve essa conscientização maior, que estupro é simplesmente você não querer, se você fala ‘não’, e ele forçar, é estupro. Ali eu falei: então eu fui estuprada. Não queria, foi essa luta corporal. Acabou que rolou, foi legal, eu era apaixonada pelo cara, mas eu não queria, não queria naquele dia, naquele lugar”, revelou a autora.

Por fim, ao ser questionada sobre quando tomou ciência da gravidade do que tinha lhe acontecido, Mônica afirmou que havia sido a pouco tempo e afirma que por serem atitudes que na época eram naturalizadas, erroneamente, ela não havia comentado nem com suas amigas.

“Pouco tempo atrás. Dessa tomada de consciência, desse novo feminismo, quando veio e atingiu muitas mulheres. Isso veio muito forte. Era naturalizado esse tipo de comportamento, a gente passava por isso e nem comentava com amiga. Eu lutei muito ali, então eu fui estuprada”, finalizou.

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