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Kátia Flávia
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Mariana Goldfarb revela que sofreu assédio sexual: “Já rolaram várias vezes”

A modelo afirma que devido a sua profissão, muitas vezes, a mesma não é respeitada.

Kátia Flávia

26/01/2023 20h30

A modelo afirma que devido a sua profissão, muitas vezes, a mesma não é respeitada.

E a cada dia que passa, tenho mais certeza que nós, mulheres, não estamos seguras em lugar nenhum. Durante uma entrevista à colunista Patrícia Kogut, a modelo e atual esposa do ator Cauã Reymond, Mariana Goldfarb, revelou um triste episódio de sua vida, quando foi assediada por um vendedor, que passou a mão em suas partes íntimas. 

A modelo inicia o assunto contando que situações como essa já aconteceram diversas vezes consigo, mas que uma das mais absurdas foi em um shopping, ao qual ela nunca mais voltou.

“Eu só estava dentro do provador experimentando a roupa que ia comprar. Só falando quantas vezes forem necessárias a gente consegue se livrar dessas culpas. Já rolaram várias vezes. A última vez que rolou muito forte têm cinco anos, que foi nessa loja. Aconteceu no meio do horário comercial. Nunca mais voltei ao shopping nem me lembro do rosto da pessoa. Se eu voltasse a essa loja, não conseguiria identificar o rosto dele. Foi apagado da minha memória. Antes já tinha acontecido em local de trabalho inúmeras vezes”, relatou. 

Em seguida, Mariana afirma que sua profissão é muito desvalorizada e que, em especial as mulheres, são muito desrespeitadas no ramo.

“Modelo tem muito pouco valor, é uma profissão pouco respeitada. E na época eu trabalhava muito como modelo. As mulheres de maneira geral são desrespeitadas”, lamentou a mulher de Cauã.

Com um constante medo e sem entender por qual motivo não denunciou, nas diversas vezes que foi assediada, Mariana afirma que na cabeça da vítima, situações como essa nunca são apagadas, e pior, muita das vezes ela  pode ficar se culpando e reproduzindo pensamentos machistas, que acabam destruindo seu psicológico.  

“Para quem sofreu abuso, isso não vai embora. Você convive com aquilo, com medo, com culpa. E se eu tivesse agido de outra forma? E se tivesse denunciado, ido à polícia? E se eu tivesse feito alguma coisa? Por que eu não fiz nada? Será que estava com uma roupa inadequada? Esse pensamento machista, né? Será que fiz alguma coisa que deu a entender que o cara podia fazer isso?”, disse Goldfarb

Por fim, a modelo afirma que no caso deste vendedor, a mesma não conseguiria denunciá-lo, já que não sabe o nome e nem se lembra de sua feição, mas  afirma que está trabalhando com sua analista para que em breve consiga denunciar outras pessoas que lhe assediaram durante o trabalho.

“Esse homem da loja não tenho como, porque não sei o nome dele, não me lembro nada, não sei nada. Fiquei completamente paralisada. Mas do trabalho eu posso denunciar ainda. É uma coisa que venho trabalhando, juntamente com minha analista, para conseguir fazer isso de uma maneira correta e consciente, mas para fazer. Queria poder te falar assim: ‘É esta pessoa aqui, nome, sobrenome, CPF e tal’. Mas não consigo fazer isso ainda”, afirma a modelo.

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