A Justiça de Portugal deu uma resposta contundente a um caso de racismo envolvendo Adélia Barros, que foi condenada por ataques racistas dirigidos aos filhos de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, além de turistas angolanos. A condenação ocorreu após uma série de ofensas racistas proferidas por Barros em julho de 2022, em um restaurante na Costa da Caparica, durante as férias da família.
Adélia Barros, que agrediu verbalmente Títi e Bless, filhos de Gagliasso e Ewbank, foi sentenciada a oito meses de prisão, mas cumprirá a pena em liberdade, desde que não repita o crime nos próximos quatro anos. O tribunal decidiu que, além da pena de prisão, a ré também deverá pagar uma indenização de 14 mil euros (aproximadamente R$ 85 mil) à família, um valor abaixo dos 35 mil euros inicialmente solicitados.
Segundo o Ministério Público português, a simples indenização não seria suficiente para punir o comportamento de Barros, por isso a condenação à prisão foi necessária para afastar o risco de reincidência. O MP também argumentou que a ameaça de prisão serviria de exemplo e desestímulo para quem comete atitudes semelhantes.
Além da indenização, Barros terá que pagar 2.500 euros (cerca de R$ 15 mil) para a organização SOS Racismo e se submeter a um tratamento contra alcoolismo, uma medida que visa enfrentar os possíveis fatores que contribuíram para sua conduta.
O incidente ocorreu no dia 30 de julho de 2022, no Clássico Beach Club, onde, além de insultar os filhos do casal, a portuguesa fez ataques contra uma família de turistas angolanos presentes no local. Ela exigiu que ambos os grupos “voltassem para a África” e chamou-os de “pretos imundos”. O caso foi gravado e amplamente compartilhado nas redes sociais.
Giovanna Ewbank não hesitou em confrontar a mulher, enquanto Bruno Gagliasso acionou a polícia. Adélia Barros foi detida e, após a ação da família, o casal formalizou a queixa na delegacia, dando início à ação judicial que culminou na condenação.