Há notícias que chegam como um tapete mágico direto do Nilo e esta é uma delas. O Egito, meu amor, não estava preparado para o vendaval cromático chamado Fernanda Alvarez, a primeira artista plástica brasileira a expor no icônico Museu do Cairo, um dos templos mais preciosos da arte mundial. Sim, o Brasil literalmente abriu as portas da esfinge e colocou sua assinatura na história.
O convite não foi qualquer convite, foi um chamado praticamente faraônico, vindo dos curadores da Art D’Égypte, um dos braços culturais mais respeitados do planeta. O pedido era claro: queriam uma obra que conversasse com as tradições egípcias, mas que tivesse a energia, a ousadia e a vibração urbana que Fernanda carrega em cada pincelada.

Resultado? Ela entregou um escaravelho poderoso, nascido da união entre sua técnica de ‘liquid tag’ , sim, a linguagem líquida do grafite e a estética ancestral que rege milênios de história. Um encontro tão improvável e tão arrebatador que até a deusa Ísis deve ter levantado a sobrancelha.
A obra chega como destaque da exposição “Formed by Dialogue Celebrating 100 Years of Art Decoratifs”, que reúne artistas de vários cantos do mundo para discutir a beleza do design, a tradição e o futuro da criação global. É arte que conversa com o passado, pisca para o presente e dá bronca elegante no futuro.

Fernanda, emocionada (e com razão!), resume o impacto: “Expor no Museu Egípcio é uma honra um diálogo entre eras, onde minha visão contemporânea encontra a linguagem atemporal da arte.”
A exposição acontece até dia 24 de novembro, todos os dias das 9h às 16h, trazendo designers e artistas internacionais em diálogo com a herança eterna do Egito. E sim, o Brasil está brilhando entre eles, com cores intensas, traços orgânicos e a mistura perfeita entre o contemporâneo e o ancestral.
Quem é Fernanda Alvarez?
Artista plástica brasileira com estética urbana, marcada por cores intensas, influências do grafite e uma habilidade quase sobrenatural de transformar espiritualidade, memória e identidade em impacto visual. Suas obras atravessam o concreto e o sagrado, unindo o que é terreno ao que é eterno exatamente como o Egito gosta.