Em um mercado jurídico cada vez mais pressionado por velocidade, clareza e decisões que não admitem erros, o nome de Eduardo Brasil, 42, tem despontado como uma das vozes mais sólidas quando o assunto é transformar risco em estratégia. Nascido em Belém do Pará, hoje dividido entre São Paulo e sua terra natal, o advogado, sócio do Fonseca Brasil Serrão Advogados, construiu uma trajetória que combina técnica sofisticada, pragmatismo e uma visão incomum sobre o papel do jurídico dentro das empresas.
Eduardo costuma dizer que seu trabalho é “ajudar empresas a fazerem negócios com segurança”. Mas, por trás dessa definição direta, há mais de 15 anos dedicados a operações complexas de fusões e aquisições, governança corporativa, contratos estratégicos e reestruturações. Doutorando em Direito Comercial pela PUC-SP, com passagem por instituições como FGV, Insper, Fundação Dom Cabral e IBGC, ele construiu uma formação robusta que sustenta a reputação que hoje o acompanha em operações de alto impacto no país.
A carreira começou longe dos grandes escritórios. Com um carro alugado e um modelo massificado de serviços jurídicos, Eduardo trilhou um caminho que rapidamente o levou para o universo das grandes operações societárias. Entre mergulhos em contratos, negociações longas e riscos milionários, entendeu que seu diferencial estaria justamente em traduzir complexidade jurídica em decisões diretas, práticas e inteligíveis para quem precisa agir rápido. Hoje, lidera um escritório que soma 103 colaboradores distribuídos entre São Paulo, Distrito Federal, Pará e Amapá.
Casado e pai de quatro filhos, Eduardo admite que sua relação com o trabalho mudou ao longo dos anos. “Antes eu só queria aprender. Hoje, sigo aprendendo, mas com a responsabilidade de liderar operações relevantes e orientar empresários nas decisões mais críticas dos seus negócios”, diz. Em meio à rotina intensa, reserva tempo para leituras, eventos de negócios, viagens e um bom Bordeaux.

Mesmo com a expansão nacional e a atuação em casos de grande repercussão, ele afirma nunca ter cogitado desistir da carreira. Questionar caminhos, sim, e isso, segundo ele, fez parte do processo que lapidou seu estilo direto e resolutivo. Uma das decisões mais marcantes foi abandonar, em 2015, seu primeiro doutorado para priorizar o crescimento do escritório. Outra, iniciar anos depois o doutorado que hoje pesquisa earn-out, tema sensível e cada vez mais recorrente nas operações de M&A.
Com mais de 50 mil seguidores no Instagram e cerca de 1 milhão de visualizações mensais, Eduardo se tornou também uma referência fora das salas de reunião. Seus seguidores acompanham análises sobre riscos, governança e empreendedorismo, sempre com o mesmo tom que adota com seus clientes: pragmático, transparente e voltado para impacto real. “O mundo dos negócios é caótico. Nosso dever é reinar no caos”, costuma dizer.
Entre as inspirações que cita, estão nomes como Andréa Esteves, Francisco Müssnich, Paulo Lazera e seu pai, Tadeu Brasil, procurador de Justiça do Ministério Público do Pará. Mas a influência que exerce hoje é construída no cotidiano, orientando empresários a tomar decisões seguras, protegendo patrimônios, empregos e legados. “Meu trabalho preserva empresas. Isso tem relevância social direta”, afirma.
Eduardo coleciona prêmios ao longo da carreira, mas diz que o reconhecimento mais importante vem de casa: “o amor dos meus filhos”. Para o futuro, quer ampliar presença no mercado de capitais, fortalecer ainda mais a atuação nacional do escritório e participar de conselhos de administração, área que considera essencial para profissionalizar organizações brasileiras.
Sem nome artístico e sem criar persona profissional, ele prefere ser conhecido simplesmente como Eduardo Brasil. E, para quem deseja seguir o mesmo caminho, o conselho é direto: “Estude muito. Entenda de negócios, não só de leis. E aprenda a traduzir complexidade para quem precisa tomar decisões rápidas.”
Entre mitos e verdades do segmento, Eduardo desmonta preconceitos comuns: M&A não é só para grandes empresas, contratos curtos não são necessariamente bons e governança não é custo. Do outro lado, reforça as verdades que vê todos os dias: due diligence evita prejuízos milionários, governança acelera decisões e o jurídico estratégico é, sim, diferencial competitivo.
No fim, a frase que costuma usar para explicar o que faz resume com precisão o papel que cumpre no cenário empresarial brasileiro: “Eu ajudo empresas a fazer negócios com segurança.” E, em um ambiente onde cada minuto pode custar muito, isso se tornou mais que uma função, virou sua marca.