Genteeee, estou aqui direto de Viena, em frente ao Palácio de Schönbrunn, onde tudo brilha, menos a reputação de certos gerentes. Já corre pelos corredores imperiais o burburinho que tomou conta do Brasil. Há uma semana esse escândalo do Comedy Club atravessa continentes, e até aqui a fofoca chegou quente, fervendo mais que o Apfelstrudel recém-saído do forno.
O mundo do humor brasileiro foi sacudido por um escândalo que ninguém esperava e que não tem nada a ver com piada. Danilo Gentili, um dos nomes mais influentes da comédia nacional, veio a público relatar que o My Fucking Comedy Club, casa que ele comanda em São Paulo, teria sido alvo de um desvio interno envolvendo o ex-gerente e humorista Bruno Lambert.
É um daqueles casos que mostram que, nos bastidores do entretenimento, nem sempre o riso está garantido.

Danilo Gentili abriu o coração ao falar sobre o episódio. Para ele, o que realmente machucou não foi o rombo financeiro, foi sentir que alguém tão próximo teria traído a confiança construída ao longo de anos.
Segundo o humorista, ele, seu produtor pessoal Adriano e todos os artistas que frequentavam o clube tratavam Bruno como parte da família profissional. Mais que um funcionário: um amigo, alguém em quem se podia apostar.
Em seu relato, Gentili destacou: “Mais doloroso do que o prejuízo financeiro e profissional foi a quebra de confiança. Eu, o Adriano e todos os humoristas que frequentavam o clube tratavam o Bruno como um amigo próximo, alguém de confiança.”
A fala continua, numa mistura de mágoa e perplexidade: “Sempre que ele pedia algo, a gente o ajudava… oferecendo oportunidades na TV, arrumando shows com bons cachês, auxiliando em tratamentos médicos, disponibilizando academia de alto padrão, garantindo salário acima da média e noites fixas na casa.”
Gentili afirma que Bruno teve acesso a espaços e visibilidade que muitos humoristas passam anos tentando conquistar, festivais importantes, teatros com curadoria rígida, exposição midiática e agenda fixa dentro do clube
E, para o humorista, justamente por ter recebido tanto, a suspeita de desvio é ainda mais dolorosa.
Em suas palavras: “Foi uma grande falta de lealdade.”

O clube, considerado um dos principais templos do stand-up na América Latina, agora enfrenta um momento delicado. Entre artistas, produtores e o público fiel, o clima é de choque, frustração e tentativa de entender a dimensão do prejuízo.
A suspeita de fraude interna levanta questionamentos sobre: gestão, controles financeiros, confiança nos bastidores, e a vulnerabilidade de espaços culturais que também são negócios complexos.l
Nos corredores da comédia, o assunto já domina conversas, desabafos privados e análises sobre a dinâmica entre artistas e gestores.
Enquanto Gentili tenta reorganizar a casa e fechar a ferida emocional aberta pelo episódio, Bruno Lambert ainda não se pronunciou publicamente para responder às acusações. O caso expõe um lado raramente visto do stand-up nacional: competitividade, alianças, oportunidades difíceis e a necessidade de confiança absoluta. Quando essa confiança é rompida, o impacto é devastador.
E agora, o país acompanha de perto o próximo passo dessa história que, infelizmente, não tem punchline tem consequência.