Bruno Gagliasso contou que a paternidade e a adoção de seus dois filhos nefros mudaram e transformaram a sua vida. O ator admitiu que, antes de se tornar pai, possuía atitudes racistas, uma constatação que, segundo ele, “dói na alma”. A adoção de seus filhos com sua esposa, Giovanna Ewbank, Titi e Bless, ambos negros, foi um divisor de águas em sua vida e o ensinou, na dor, como o preconceito é malígno em todos os aspectos.
“Aprendi vivendo. Eu era racista, né? A gente cresceu numa sociedade racista, que fez a gente se tornar racista. Então, acho que é um processo que todo mundo tem que fazer. Primeiro, você tem que se reconhecer como. E aí, ir trabalhando e aprendendo. E não buscar e não esperar que queiram ensinar a gente, pô.”, confessou Bruno durante o programa Sem Censura da TV Brasil.
A experiência de criar filhos negros em uma sociedade ainda marcada pelo preconceito fez com que o ator se tornasse um defensor ativo da igualdade racial. “Foi ali. E fico muito feliz; ao mesmo tempo muito feliz de ter aprendido com a paternidade, e ao mesmo tempo muito triste de só ter que aprender só na paternidade. É na alma. Na pele nunca vou viver, mas na alma, eu vou, porque não existe amor maior do que dos meus filhos.”, afirmou Bruno.
Bruno Gagliasso destacou a importância de reconhecer e combater o racismo internalizado, enfatizando que a mudança começa com a conscientização e a educação. “É um processo doloroso, mas necessário para evoluirmos como indivíduos e sociedade.”, concluiu o ator.