Amadas, isso não é remix. Isso é encontro cósmico. Alok resolveu mexer no altar da MPB e Gilberto Gil, elegantíssimo como sempre, disse bem tranquilo que a casa é sua. O resultado atende pelo nome de Gil by Alok & Friends Remixes e chega às plataformas no dia 19 de dezembro com cheiro de pista quente e cabeça aberta.
O projeto junta dois universos que nunca foram opostos, só estavam em festas diferentes. De um lado, Gil, raiz profunda, sabedoria ancestral, letra que atravessa décadas. Do outro, Alok, batida global, pista internacional e energia de madrugada que não pede desculpa. Quando os dois se encontram, a MPB vira rave culta e a rave ganha alma.
O EP traz seis faixas inéditas inspiradas em quatro clássicos de Gilberto Gil. Palco, Toda Menina Baiana, Tempo Rei e Maracatu Atômico aparecem repaginadas, reboladas, remixadas e absolutamente prontas para tocar de Trancoso a Ibiza sem pedir autorização.

Alok assina a produção e chama reforço de peso. Bhaskar, Maz, Mozambo, unfazed, WatzGood e SOMETHING ELSE entram na cabine e ajudam a transformar memória afetiva em pista contemporânea. É Brasil eletrônico olhando para a própria história sem caretice.
O clima entre os dois virou amizade em junho, quando Gil participou do show Keep Art Human no Pacaembu. Nos bastidores, a curiosidade falou alto. Gil quis entender como funcionava o universo eletrônico, perguntou das pick-ups, observou tudo. Resultado. O professor virou aluno e o aluno virou parceiro. Teve até Gil se arriscando como DJ. Cena simbólica, linda e perigosamente boa.
Alok não esconde o respeito. Diz que Gil é força da natureza, síntese de cultura, pop e sabedoria. Revisitar esse repertório foi desafio grande, feito com cuidado, para manter a essência e ainda jogar energia nova na pista.
Gil, por sua vez, abraçou a ideia com alegria. Disse que gosta de ver suas músicas ganhando novas roupagens, atravessando universos ainda desconhecidos e chegando a públicos que talvez nunca tenham parado para ouvir com atenção. Agora vão ouvir dançando.

O Gil by Alok & Friends Remixes não é nostalgia. É presente em movimento. É passado que não ficou parado. É MPB descendo do palco e indo para a pista sem perder elegância.
Isso não é pra ouvir sentado. É pra dançar bonito, suar fino e agradecer aos deuses da música brasileira por esse encontro que só o Brasil sabe produzir.