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Humorista Paulo Gustavo não resiste e morre na noite desta terça-feira (4)

Aos 42 anos, o artista foi vítima de uma embolia gasosa disseminada, ocorrida no último domingo (2), em decorrência de fístula brônquio-venosa.

Marcus Eduardo Pereira

04/05/2021 22h09

Foto: Reprodução/ Instagram

O ator e humorista Paulo Gustavo, morreu aos 42 anos, na noite desta terça-feira (4), vítima de uma embolia gasosa disseminada, ocorrida no último domingo (2), em decorrência de fístula brônquio-venosa.

Internado desde o dia 13 de março, no Hospital Copa Star, em Copacabana, Paulo Gustavo foi diagnosticado com a Covid-19. Hoje, o quadro do ator já era dado como irreversível. Entretanto, Paulo apresentava sinais vitais e seguia dependendo do uso da ECMO, tratamento especializado que funciona como um pulmão artificial.

A família do humorista foi chamada pela equipe médica para ir ao hospital onde ele estava internado, e permaneceu no local até o falecimento.

Último boletim médico

“Às 21:12h desta terça-feira, 04/05, lamentavelmente o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da COVID-19 e suas complicações.

Em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento.

A equipe profissional que participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao sofrimento de todos.”

Piora progressiva

Após ser internado, a informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do artista dois dias depois, no dia 15. Thales Bretas, marido de Paulo Gustavo, informou ao público que o humorista estava melhorando e agradeceu o carinho dos fãs. Os dois são pais de dois meninos.

No dia 21 de março, o ator precisou ser intubado por dificuldades na respiração. Novamente os familiares tentaram amenizar a preocupação dos fãs divulgando que o procedimento era por precaução.

Nos dias seguintes, Paulo Gustavo respondeu bem ao tratamento e teve uma evolução positiva. Porém, no dia 2 de abril, o estado de saúde do artista piorou e ele acabou precisando mudar de tratamento. Passou a respirar com a ajuda de ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea), usado apenas em casos mais graves.

Paulo Gustavo precisou passar por uma pleuroscopia, para que a equipe médica pudesse verificar a condição de seus pulmões. Na ocasião, foi identificada uma fístula broncopleural, espécie de comunicação anormal entre os brônquios e a pleura. Ela foi corrigida.

Dias depois de receber uma transfusão de sangue, foi realizada uma toracoscopia, na qual uma nova fístula broncopleural foi identificada e corrigida. De acordo com comunicado da assessoria de imprensa do humorista, o procedimento foi um sucesso.

Desde o dia 11 do mês passado, o boletim médico dizia que a situação clínica do ator continuava crítica. “Todos os profissionais têm se empenhado incessantemente pela sua recuperação”, diz a nota publicada nas redes sociais.

O que é embolia gasosa?

Fístula broncovenosa é um tipo de abertura que ocorre entre os pulmões e as veias e, que no caso do ator, acarretou a entrada de ar na corrente sanguínea, a chamada embolia gasosa.

Já a embolia é um tipo de obstrução pelo acúmulo de material (sangue, ar, liquido amniótico) trazido pela corrente sanguínea (êmbolo). No caso da embolia pulmonar, ela se dá pela obstrução de uma artéria do pulmão.

Minha mãe é uma peça

Paulo Gustavo ganhou visibilidade no final de 2004, quando integrou o elenco da peça Surto, onde apresentou a personagem humorística Dona Hermínia, baseada em sua própria mãe.

Após sua formatura na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), junto com Fábio Porchat, Marcus Majella, entre outros, em janeiro de 2005, deixou o elenco de Surto e passou a integrar a peça Infraturas.

Nesse período também começou a fazer pequenas participações na TV, como na novela Prova de Amor, da Record, e na série A Diarista, da Globo.

Em 2006 estreou o espetáculo Minha Mãe É Uma Peça, que ganhou uma adaptação para o cinema em 2013. Tornou-se o filme mais assistido daquele ano no Brasil, e em 2015 foi publicado como um livro pela editora Objetiva. O sucesso ganhou duas continuações, em 2016 e depois em 2019.

No monólogo, com texto de sua autoria, Paulo voltou a interpretar Dona Hermínia. Construída através de suas observações domésticas e vivenciais, ela reúne os aspectos mais cômicos da personalidade de uma típica dona de casa de meia idade, sempre à beira de um ataque de nervos. Sua atuação lhe rendeu uma indicação ao Prêmio Shell de melhor ator.

Paulo Gustavo voltou a protagonizar um título novamente nos palcos em 2010, para apresentar o espetáculo Hiperativo, dirigido por Fernando Caruso.

Em 2011, ele tornou-se o apresentador do 220 Volts. Em junho de 2013, estreou na produção para TV o sitcom Vai que Cola, no Multishow, que ganhou uma adaptação para o cinema em 2015. Em 2014 o ator esteve em um novo programa, o reality Paulo Gustavo na Estrada, do Multishow.

Em 2017, deixou o Vai Que Cola e entrou no programa A Vila, junto com Katiuscia Canoro, com o roteiro de Leandro Soares. Em 2018, gravou o DVD da peça Minha Mãe é uma Peça na Concha Acústica do Teatro Castro Alves na cidade de Salvador.

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