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Celebridades

Guitarrista e baterista da banda McFly falam sobre álbum ‘Young Dumb Thrills’

A pandemia forçou o adiamento da turnê, que ficou para 2021

Marcus Eduardo Pereira

14/11/2020 10h54

O ano de 2020 teve altos e baixos para os fãs de McFly, especialmente os brasileiros. Os primeiros meses foram tomados de expectativa pelos shows da banda inglesa no País, marcados para março. Mas a pandemia forçou o adiamento da turnê, que ficou para 2021.

Em julho, a banda anunciou o sexto álbum de estúdio, Young Dumb Thrills, lançado na sexta-feira, 13. É o primeiro de inéditas do McFly em uma década: o disco mais recente, Above the Noise, foi lançado em 2010.

Em 2012, o grupo lançou uma coletânea com seus maiores sucessos, e um ano depois, celebrou os dez anos da banda com shows especiais. Entre 2013 e 2015, juntaram-se à banda Busted para um projeto especial intitulado McBusted, com o qual também gravaram um álbum.

Em 2016, a banda entrou em um período de hiato indefinido. Nesse meio tempo, os integrantes, o vocalista e guitarrista Tom Fletcher, o também vocalista e guitarrista Danny Jones, o baterista Harry Judd e o baixista Dougie Poynter, seguiram com projetos individuais. O retorno em conjunto veio apenas no ano passado, com The Lost Songs, coletânea de faixas-demo gravadas em 2011 para o que seria o sexto álbum da banda. O verdadeiro sexto disco, Young Dumb Thrills, foi gravado entre 2019 e 2020.

“Essa foi a primeira vez que nós quatro ficamos em um estúdio por dois meses. O Above The Noise tem uma sonoridade bem distinta, todos os nossos álbuns têm”, disse Harry Judd ao Estadão.

O primeiro single do álbum, Happiness, lançado em julho, traz já na melodia de início um sample da canção A Bela e a Fera, gravação de 1978 da banda maranhense Nonato e seu Conjunto.

Danny Jones, que também é um dos produtores do álbum, disse ao Estadão que eles estavam em um momento de improviso, ouvindo samples de vinis, quando descobriram a composição de Oliveira. “A gente nem sabia o que era, só pensamos ‘isso é legal, soa brasileiro, talvez a gente devesse fazer algo assim’. A sensação foi boa, fez a gente dançar, se sentir bem e sorrir ”

Nesta entrevista ao Estadão, Jones e Judd falaram sobre os últimos anos da banda, o novo álbum e a relação com o público brasileiro. Confira:

Young Dumb Thrills é o primeiro álbum do McFly em dez anos. Por que esperar tanto tempo?

Jones: Em 2010, lançamos Above the Noise e já no fim de 2011 começamos a escrever nosso sexto álbum. Fizemos uma viagem para compor em dezembro de 2011, que foi quando Red, Touch the Rain, Hyperion, We Were Only Kids, Dare You to Move e Break Me (faixas lançadas posteriormente na coletânea The Lost Songs) foram escritas. Estávamos superempolgados com elas. Em 2012, saímos em turnê e a nossa gravadora quis fazer um ‘greatest hits’ (a coletânea Memory Lane). O Tom (Fletcher, vocalista e guitarrista) tinha escrito Love is Easy, que o Danny produziu depois, e nos empolgamos, sentimos que era uma boa música para sair junto.

Então pensamos: vamos guardar as outras músicas para o que eventualmente seria o álbum, e lançamos o greatest hits com Love is Easy. Outro ano passou com a turnê da coletânea. Lançamos Love is on The Radio, que era do sexto álbum, e aí aconteceu o McBusted, que foi superbem-sucedido, e decidimos engavetar as coisas do McFly, esperar e fazer um álbum do McBusted, o que nos levou a 2016. E agora veio o novo álbum, que é o Young Dumb Thrills.

Como seus projetos pessoais influenciaram na forma com que lidam com a música?

Jones: Definitivamente, mudou a forma que a gente monta a agenda… (risos). Não sei, crescemos muito desde o último lançamento. Formando famílias ou fazendo qualquer outra coisa na vida. Você tem mais maturidade, aprecia mais as coisas. Mal posso esperar para fazer shows e acho que aprendemos a apreciar mais isso.

Judd: Muda toda vez. Essa foi a primeira vez que todos nós quatro ficamos em um estúdio por dois meses. Não pensamos demais sobre nada, não tínhamos uma ideia definida tipo ‘ah, o álbum deveria ser assim’. Desta vez, não quisemos analisar demais ou pensar demais, só estávamos felizes de estarmos escrevendo juntos de novo.

O primeiro single, Happiness, é bem divertido. Já o segundo, Tonight is the Night, é melancólico. Como é isso no álbum?

Judd: Todos os nossos álbuns têm camadas diferentes. Quando a gente pensa no Radio: Active, Smile é uma música super pra cima, mas também temos músicas como POV. Happiness é uma música para você se sentir bem. Já Tonight is the Night mostra o outro lado do álbum.

Como aconteceu o sample brasileiro em Happiness?

Jones: Na época, tinha um cara chamado Jordan (Cardy, conhecido como Rat Boy) trabalhando conosco para nos incentivar criativamente e musicalmente, porque podemos ficar presos na nossa forma de fazer. Ele tem uma coleção enorme de discos de vinil e de arquivos, é incrível. Nós estávamos brincando com os samples em nossos pequenos estúdios, eu, o Rat Boy e o Jason (Perry, produtor do disco), em uma maneira muito legal de trabalhar. Acho que gostamos do fato de ser um aceno aos nossos fãs brasileiros. Nunca tínhamos feito isso, na realidade. E soou legal, nos fez dançar e sorrir. E essa música acabou dando o tom do resto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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