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Exposições

Brasília reinventada através da arte e da Inteligência Artificial

Exposição pioneira de obras feitas com coautoria de Inteligência Artificial homenageia a capital

Redação Jornal de Brasília

02/05/2023 19h57

Amanda Karolyne
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Uma exposição revolucionária e pioneira sobre a capital do Brasil, com coautoria de Inteligência Artificial, está à mostra na Praça dos Três Poderes até dia 18 de junho. As obras de “Brasília, Enfim”, de Christus Nóbrega, criam uma Brasília futurista e subvertem o que se conhece sobre a história do quadradinho e de sua construção. Quem visitar a exposição terá o passaporte carimbado e poderá concorrer a uma obra de Christus

Segundo o artista Christus Nóbrega, natural da Paraíba, porém, morador de Brasília desde 2005, a ideia do projeto é influenciada pelas memórias da infância dele. “Quando a minha mãe vinha visitar Brasília, a trabalho e a turismo, sempre voltava para casa com a mala cheia de memórias e de escritos sobre a cidade”. Ele considera que foi uma criança que cresceu escutando histórias de como a capital era, e ele imaginava como a arquitetura e a paisagem do quadradinho eram. “Não é à toa, que de tanto ouvir sobre Brasília, vim morar na capital”, conta. E a exposição é uma forma de resgatar todas essas memórias que a mãe lhe contava, e hoje ele mantém a tradição de contar histórias sobre Brasília. Só que agora, ele narra essas histórias para uma máquina. “E essa máquina reconstrói essas lembranças que eu tinha de quando eu era criança”.

A Inteligência Artificial ajuda a compor as imagens que ele tinha quando criança, do que poderia ter sido Brasília. Ele percebe que as IAs são ferramentas que fazem parte da história da arte, assim como são os pincéis, a máquina fotográfica, a tinta, o papel e etc. “Para ele, sempre que uma tecnologia nova é introduzida, às vezes é gerada uma certa desconfiança sobre o uso da mesma. “Foi assim com a máquina fotográfica, que demorou a ser aceita como equipamento de expressão artistica”, aponta. Christus acredita que a diferença básica da IA para outras ferramentas mais tradicionais da arte, é que a inteligência artificial tem autonomia. “Ela é capaz de perceber situações, coisas, ambientes que está inserida. Analisar tudo isso e a partir disso, tomar decisões para atuar no mundo”, ressalta. Ele afirma que sabendo usar essa ferramenta de uma forma proativa e criativa e colaborativa, você encontra um grande equipamento para amplificar os métodos e processos de criação.

Ele tinha um desejo de homenagear Brasília, e com a exposição ele pôde fazer isso. “Me sinto muito honrado em ocupar espaços públicos da cidade, que fazem parte do coração da cidade, como o Brasília Shopping”. A exposição ficou disponível em abril, em razão do aniversário da capital, na praça central do shopping.

Para o artista, é uma honra estar expondo na Praça dos Três Poderes. “Que de certa forma são esquecidos pelos próprios moradores da cidade”, salienta. Então, ele acredita que é uma forma de convidar os moradores da capital e entorno, a se reapropriar desses espaços públicos da cidade. Ele afirma que Brasília é muito inspiradora, e que o aspecto da solitude é o que mais evoca nele essa inspiração. “Solitude é diferente de solidão. É o desejo e o prazer de estar sozinho, com você mesmo”, elabora. Brasília, por sua geografia e espaços amplos, possibilita que estejamos em espaços não tão tumultuados.

Brasília, Enfim
Na Praça dos Três Poderes
Até dia 18 de junho
Das terças-feiras às sextas-feiras – de 9h às 18h
Sábados, domingos e feriados – das 9h às 17h

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