Nascida e criada em Ceilândia, Mayara Villena, mais conhecida como AYA, é uma artista visual que desde que ingressou na pichação vem buscando diversidade estética e visual na sua produção através de linguagens não-brancas.
Graduanda em Artes Visuais pela Universidade de Brasília (UnB), o trabalho de AYA consiste em fotografia, fotomontagem, colagem, gravura, pintura, “pintura-instalação” e/ou “pintura-escultura”, sempre abordando a margem da sociedade periférica. A artista apresenta seu mais novo livro, “Cão Cao-s”, a publicação com edição limitada de 300 exemplares numerados e assinados, pela Editora Estrondo.
“Quando penso ‘caos’ penso como um jogo de ação e reação, como resultante de movimentos caóticos encavalados, penso como esse desnorteio que permeia diversas camadas da existência, social, política, mental, sentimental, e a partir daí ser uma mulher negra e periférica definiu toda minha vivência, minha experiência no mundo” explica Aya.
A publicação “Cão Cao-s” contém em sua maioria fotografias misturadas com outros trabalhos como pinturas. Apresentando questões e vivências do cotidiano de uma mulher negra e periférica, dando ênfase para essa disfunção social e cultural da sociedade.
“A vida na periferia tendo que maior parte são de pessoas pobres a vivência vaza pra outros lugares, de sobrevivência e trabalho, independente de qual trabalho seja esse, no mundo ninguém sobrevive sem dinheiro e acaba que a vida fica limitada nessa questão, acredito que esse é um grande divisor de águas do trabalho de artistas periféricos não serem tão visados” conta.
O lançamento está marcado para esta sexta-feira (11) às 18h30 no Birosca do Conic, para quem quiser comprar antes o livro, pode adquirir pelo site da editora Estrondo.