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Espetáculo que trata de opressões contra mulheres é exibido gratuitamente

O espetáculo solo, conduzido pela atriz Camila Guerra e dirigido pelo diretor brasiliense Édi Oliveira, estará disponível entre os dias 21 de abril e 6 de maio de 2022, gratuitamente

Redação Jornal de Brasília

20/04/2022 16h56

Imagens|Divulgação

Por Ana Carolina Pessoa
Agência de Notícias do CEUB/ Jornal de Brasília

Após lotação total nas apresentações presenciais no Espaço Cultural Renato Russo, o espetáculo Pedra(p)Arida retorna em cartaz no formato on-line, abordando as opressões, desafios, sonhos e lutas que envolvem o contexto feminino.

O espetáculo solo, conduzido pela atriz Camila Guerra e dirigido pelo diretor brasiliense Édi Oliveira, estará disponível entre os dias 21 de abril e 6 de maio de 2022, gratuitamente, através do YouTube

Durante o período de transmissão, que contempla tanto o aniversário de Brasília (21/4) quanto o mês de celebração ao Dia Internacional da Dança (29/04), o espetáculo poderá ser acessado 24h, não sendo recomendado para menores de 18 anos.

A ideia é promover a reflexão sobre as condições sociais femininas. O espetáculo Pedra(p)Arida se trata de uma ode — poema lírico destinado ao canto — às mulheres, em um solo. As cenas do espetáculo retratam a mulher diante das violências físicas e psicológicas, além de outras dores e opressões vividas pelo público feminino ao longo do tempo.

“São tantas as agressões veladas vividas por mulheres de todo o mundo e ainda pouca disposição para o debate. O intuito é deflagrar questões latentes, pois toda mulher no mundo em algum nível já foi violada, e que nossa emancipação real passa por ‘tirar esses véus’ de diversas situações nada confortáveis que a sociedade patriarcal impõe há séculos”, afirmou Camila Guerra.

O projeto conta com o patrocínio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF) e é inspirado no livro Syngué Sabour, de Atiq Rahimi e no filme A Pedra da Paciência, dirigido pelo mesmo autor. Camila se embasou nas duas obras para realizar seus estudos e pesquisas que resultaram no espetáculo final.

Imagem|Divulgação

“De uma beleza ímpar, em um cenário grandioso e inóspito, o primeiro ato da peça lembra uma gestação, no seu ritmo e não do público, que precisa ter paciência para entender o que está por vir e curtir cada detalhe, é a mulher prestes a parir um novo mundo, ainda em terreno árido, com muita poeira, sobrevivendo, mantendo, a dignidade, lutando e construindo um caminho, que vai desaguando, em busca da libertação, da catarse e da emancipação feminina”, destaca o crítico Rodrigo Ferret.

Ao longo da criação, Camila relata ter optado por mixagens narrativas com interferências de mulheres histórias, emblemáticas e de diferentes localidades, além de trazer uma trilha sonora de “ruídos marcantes” para somar ao impacto da intérprete.

O diretor Édi Oliveira ressaltou, ainda, a importância de priorizar as considerações femininas devido ao tema da peça. Em suas palavras, o lugar de fala é delas.

“É uma peça que, de fato, coloca uma faca, um punhal sem filtros nas questões que as mulheres vivem desde sua ancestralidade. Neste trabalho, tiramos mesmo o véu para promover a reflexão e o acolhimento”, pontua Édi Oliveira, que contou com a assistência de direção da atriz e coreógrafa Juliana Drummond. 

Mais informações sobre o espetáculo online podem ser obtidas através do Instagram.

Assista ao teaser

FICHA TÉCNICA

Idealização e Coordenação Geral: Camila Guerra

Concepção e Direção: Édi Oliveira

Intérprete-Criadora: Camila Guerra

Coreografias: Édi Oliveira e Camila Guerra

Textos: Ana Flavia Garcia e Camila Guerra

Figurinos e Cenografia: Roustang Carrilho

Iluminação: Dalton Camargos

Artista Visual: Isabella Galvão

Design Gráfico: Cristhian Soro

Direção Audiovisual e Câmera: Claudio Braga

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

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