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Em entrevista a Lázaro Ramos, Lewis Hamilton fala sobre racismo e a admiração por Senna

O piloto britânico falou sobre como é ser o primeiro negro em uma corrida de Fórmula 1, o preço que paga por se posicionar sobre racismo

Redação Jornal de Brasília

23/11/2020 11h45

Em homenagem ao Mês da Consciência Negra, o ator e apresentador Lázaro Ramos entrevistou o campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton, para o programa Espelho, que vai ao ar nesta segunda, 23, às 23h30, no Canal Brasil.

O piloto britânico, que conquistou seu sétimo título mundial, falou sobre como é ser o primeiro negro em uma corrida de Fórmula 1, o preço que paga por se posicionar sobre racismo e violência, sua relação com o Brasil e com o Ayrton Senna. “No mundo de hoje, você apenas não ser racista não é suficiente: você tem que ser antirracista. Se você vê acontecendo, tem que falar, tem que contar, tem que não deixar acontecer.”

“Eu costumava passar os fins de semana com o meu pai quando eu era criança, e o Ayrton era meu piloto favorito. Eu costumava pedir qualquer coisa do Ayrton para o Natal: capacetes, carrinhos, vídeos e livros. Para o Natal e para os meus aniversários, eu ganhava vídeos e documentários do Ayrton. Eu lembro de chegar em casa e todo dia colocar vídeos do Ayrton. Eu gostava de ver como ele dirigia, como ele trocava as marchas. Quando eu tinha 13 anos, eu fui à McLaren e consegui ver o carro dele. Eu lembro de tocar o volante, o cinto de segurança, sonhando e pensando “isso é o mais perto que eu cheguei ao Ayrton”, afirma Hamilton em sua entrevista. E diz ainda que, quando veio ao Brasil para correr em 2007, chegou a sentir a presença de Ayrton o tempo todo. “E quando a família dele me honrou com o seu capacete, foi um dos meus melhores momentos. Eu tenho ele na minha casa e é uma das minhas posses que não têm preço.”.

Com relação à luta contra o racismo e o que suas conquistas representam para para o movimento, ele conta que percebeu que tem de estar na frente, no topo do pódio, levantar seu punho, sua voz e a bandeira contra o racismo. “Espalhar conhecimento em questões e forçar mudanças. Tem acontecido essas reações e essas conversas e no esporte nós estamos lutando pelos direitos humanos. Eu tinha noção, era uma coisa consciente pra mim e da qual eu queria fazer parte. Eu não queria apenas ganhar esse campeonato. Se eu conseguir mudar o pensamento ou o jeito em que uma pessoa olha para o futuro, isso aqueceria meu coração.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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