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Cinema

Novos documentários na IC Play refletem sobre questões indígenas e religiosas

A série Ancestralidades, dirigida pela cineasta Joyce Prado, reúne seis documentários, de meia hora cada um, em um mergulho na vida de artistas e pesquisadores negros

Redação Jornal de Brasília

01/11/2023 15h52

Foto: Divulgação

Na sexta-feira, 3 de novembro, a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play disponibiliza uma nova série e mais três filmes. A primeira, Ancestralidades, foi realizada pela cineasta Joyce Prado em 2002 e é composta de seis episódios. Com participação da escritora Ana Maria Gonçalves, os artistas visuais Dalton Paula e Rosana Paulino, o músico e performer Novíssimo Edgar, os cineastas Joel Zito Araújo e André Novais Oliveira, o músico Tiganá Santana, a atriz e dramaturga Grace Passô, entre outros, ela faz uma reflexão sobre o papel da história da arte na construção de estereótipos e imagens das populações negra, indígena e quilombola.

Nesse mesmo dia, entram no catálogo da plataforma Adeus, Capitão, Abdzé wede’õ – O vírus tem cura? e Afoxés: entre o sagrado e o mundano e revelam um panorama de resistência de povos indígenas de diferentes regiões do Brasil e do papel da afro religiosidade para o fortalecimento da população afro-brasileira, desde os tempos da escravidão. Todos os filmes podem ser acessados gratuitamente em www.itauculturalplay.com.br e dispositivos móveis Android e IOS.

A série

Parceria entre o canal Arte1, Itaú Cultural e Fundação Tide Setubal, a série Ancestralidades faz parte das ações ligadas à Plataforma Ancestralidades, desenvolvida pelas duas instituições culturais e sociais. O conteúdo dessa plataforma gira em torno dos saberes, histórias e culturas destas populações e se torna um espaço de debate com pesquisadores, mestres populares, centros de estudos e outras instituições.

Estéticas da fé, primeiro episódio, reúne Ana Maria Gonçalves, Joel Zito Araújo e Novíssimo Edgar, entre outros. Juntos, eles refletem sobre a relação com a fé no processo criativo. A partir de obras de diferentes artistas, alinhavam uma ligação entre religiões de matriz africana e o sincretismo religioso no Brasil.

Em Estéticas da familiaridade, segundo episódio, Leda Maria Martins fala ao lado de Rosana Paulino, Dalton Paula e Tiganá Santana sobre os impactos causados pela ausência de registros familiares do passado e como essa lacuna em suas ancestralidades, pode influenciar na produção artística.

No terceiro, Estéticas da diáspora, o fotógrafo Eustáquio Neves, o cineasta André Novais Oliveira, a artista visual Silvana Mendes, e outros convidados, analisam como a diáspora, movimento forçado ou incentivado de massas populacionais, reverbera na arte.

As pesquisadoras Kênia Freitas e Lyara Oliveira, com os cineastas Joel Zito, Novais e Glenda Nicácio, trazem no quarto episódio da série – Estéticas do cinema negro –, reflexões acerca da busca por estéticas libertadoras do povo negro e de narrativas para a construção imagética.

Em Estéticas da dramaturgia negra, quinto episódio, protagonistas da cena dramatúrgica contemporânea como Grasse Passô e Leda Maria Martins, além de roteiristas e cineastas, debatem a atual produção cinematográfica atual e suas inspirações e referências.

Por fim, no sexto e último episódio, Estéticas em espiral, todos os artistas e pesquisadores ouvidos nos episódios anteriores se reúnem para uma grande elaboração coletiva sobre suas realizações pessoais e artísticas.

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