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Celebridades

Marcius Melhem diz que Carol Portes foi manipulada para acusá-lo de assédio

Na entrevista, a atriz também acusa Melhem de tê-la boicotado profissionalmente, diminuindo sua participação no programa humorístico “Tá no Ar”

FolhaPress

25/04/2023 17h00

Foto: Reprodução

São Paulo – SP

O humorista Marcius Melhem publicou nesta segunda-feira (24) um vídeo em seu canal do YouTube rebatendo as acusações de assédio sexual que a atriz Carol Portes fez contra ele em entrevista ao portal UOL.

“Eu não assediei Carol. Não cometi nenhum tipo de crime. Os cinco minutos naquele quarto foram absolutamente consensuais”, disse Melhem, em referência à acusação de que teria beijado a artista à força em uma visita ao apartamento dela antes de uma festa em novembro de 2014.

“Ele saiu de toalha e me beijou à força. Eu me desvencilhei, constrangida. Bom, qualquer mulher já passou por isso, de desvencilhar, sabe? E aí eu disse: ‘Não, não, vamos, quero ir logo, vamos logo’, tipo, vamos embora”, Portes afirmou ao UOL.

Na entrevista, a atriz também acusa Melhem de tê-la boicotado profissionalmente, diminuindo sua participação no programa humorístico “Tá no Ar”. O ex-diretor, porém, diz que isso não é verdade e que tentava ajudar Carol a conseguir papéis.

No vídeo, ele mostrou mensagens de 2019 em que a indica a Felipe Jofilly, então diretor artístico da série “Filhos da Pátria”, e outras em que sugere o nome da atriz a Bruno Mazzeo, criador da série “Cilada”.

Mazzeo procurava uma atriz para o programa. A participação de Carol acabou não se concretizando.
“Isso prova que eu não estava prejudicando a carreira dela, e sim tentando ajudar. Não estava boicotando ela em nada”, afirmou Melhem.

Para o humorista, Carol foi manipulada para acreditar ter sido vítima de assédio, um plano que teria sido idealizado pela advogada do grupo de mulheres que o acusa, Mayra Cotta, e por Verônica Debom, atriz que também disse ter sido assediada.

“Fizeram a cabeça da Carol para transformar uma noite em que nós nos relacionamos consensualmente, que não representou nada, em uma noite de assédio em que eu teria saído de toalha.”

Em nota conjunta, Carol e Cotta afirmaram que as declarações de Melhem são uma tentativa de intimidar e silenciar mulheres que defendem vítimas de assédio e denunciam o agressor. Carol disse também não ter sido manipulada para acusá-lo de assédio.

“Trata-se de um ataque não somente à fala da vítima ou de sua defensora, mas a todas as demais que, após lutarem muito pelo direito de atuar na profissão em equidade, continuam a conviver com inúmeros episódios de opressão, machismo e injustiça, seja como atriz, seja como advogada”, afirmou a advogada.

ENTENDA O CASO

As acusações contra Melhem vieram a público no final de 2019. À época, os relatos envolviam somente assédio moral, mas depois surgiram denúncias de assédio sexual.A Globo encerrou o contrato com o humorista em 2020, elogiando-o. Parte dos funcionários da emissora, descontentes, enviaram uma carta à direção da empresa pedindo uma reunião e expondo seu descontentamento.

Em janeiro de 2021, Melhem protocolou na Justiça de São Paulo uma ação de indenização por danos morais e materiais contra Dani Calabresa, atriz que liderou as denúncias de assédio contra ele.

Em paralelo, a ex-promotora Gabriela Manssur, à época na Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público, encaminhou ao Ministério Público do Rio de Janeiro depoimento de oito mulheres que acusavam Melhem de assédio sexual e pediu a abertura de um processo criminal.

Hoje, depois de dois anos do início das acusações, ele enfrenta Dani Calabresa e outras mulheres que o acusaram de assédio sexual.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em março, Melhem disse acreditar que já cumpriu a pena à que poderia ser condenado e acusou a defesa da humorista de tentar atrasar a Justiça. Também tentou provar, a partir de uma troca de mensagens com a atriz, que eles tinham uma relação consensual.

O MP não comenta o processo porque ele corre em sigilo. O caso é investigado pela Deam, a Delegacia de Atendimento à Mulher do Rio de Janeiro. Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro também não comenta o caso.

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