Menu
Celebridades

Lorena Comparato conta que foi assediada sexualmente por parente

Segundo a atriz, a violência aconteceu por anos e era “mascarada como carinho”. Em entrevista à revista Marie Clarie, ela reconheceu que a ficha sobre o abuso só caiu durante a pandemia.

FolhaPress

06/07/2022 19h05

Lorena Comparato diz que se afastou do parente e ainda treme ao falar sobre o abuso – Divulgação

Não foi fácil falar sobre o assunto, mas Lorena Comparato, 32, respirou fundo e resolveu contar sobre o assédio sexual que sofreu quando era mais nova. A atriz, que está no elenco de ‘Não Foi Minha Culpa’, série sobre feminicídio e assédio da Star+, ainda revelou que o assediador era da própria família.

“Você acha que a sua família é um lugar que você pode ter muita confiança. E eu, hoje em dia, sou muito desconfiada com tudo por causa disso. Porque já sofri assédio sexual dentro da minha família. É muito complicado falar disso, porque era uma coisa que eu não sabia que era assédio. Ele passava a mão em mim e pedia para ver meu corpo”, relata Lorena.

Segundo a atriz, a violência aconteceu por anos e era “mascarada como carinho”. Em entrevista à revista Marie Clarie, ela reconheceu que a ficha sobre o abuso só caiu durante a pandemia. “O que eu vivi foi uma pessoa que, durante muitos anos da minha vida, começou muito jovem, sempre passou a mão em mim. Passava a mão, pedia para ver meu corpo. Eu não sabia que isso era assédio, nunca soube e quem me ajudou muito foram as minhas amigas”, admite.

Lorena diz à revista que treme ao falar sobre assunto e que tem usado a terapia para se culpar menos pela situação. Ela também relatou que decidiu se afastar do parente que a assediou e que seus pais sabem do fato. “Foi muito difícil para eles”, revela para logo completar: “Muitas coisas da minha vida foram contaminadas, inclusive a minha vida sexual. Estou em tratamento intenso para não permitir que isso aconteça, que invada minha vida de uma forma tão nefasta”, explicou Lorena que rejeita ser vista como “uma mulher frágil ou coitadinha”.

“Eu quero ser sobrevivente, eu quero falar desse assunto. Mas também acho uma dificuldade falar contra uma pessoa da sua família. Um homem mais velho. Ou você falar contra um diretor, um produtor.

Seu pai, seu padrasto. De uma figura mais poderosa. Porque em muitos lugares, crianças, adolescentes e jovens denunciam esse tipo de assédio e as pessoas em volta não acreditam, ficam na dúvida. Acham que a criança está mentindo, que aquilo foi uma brincadeira”, conclui Lorena.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado