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Celebridades

Apontada como ‘a nova Ana Carolina’, cantora Ana Gabriela diz fazer músicas para lésbicas

Após quase dois anos longe dos estúdios, a cantora e compositora lançou no último dia 17 de julho o álbum “Baseado em Fatos Reais (Menos as Partes que Eu Inventei)” e se prepara para dar o pontapé inicial na nova turnê em 16 de agosto, na Casa Natura, em São Paulo

Redação Jornal de Brasília

08/08/2025 15h56

ana gabriela

Foto: Divulgação

ADRIELLY SOUZA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Ana Gabriela diz não querer ser previsível. Nem em gênero musical, nem no que canta, nem nas emoções que entrega. Após quase dois anos longe dos estúdios, a cantora e compositora lançou no último dia 17 de julho o álbum “Baseado em Fatos Reais (Menos as Partes que Eu Inventei)” e se prepara para dar o pontapé inicial na nova turnê em 16 de agosto, na Casa Natura, em São Paulo.

Para ela, a orientação sexual é parte essencial da arte que produz. “Escrevo para mulheres lésbicas. Quero que elas se sintam representadas nas letras, nas histórias. Mas qualquer pessoa pode se identificar”, diz.

Ana fala com naturalidade sobre o que chama de “nichamento involuntário”, comum a artistas LGBTQIA+.

“Acho que tem essa pressão maior. As pessoas cobram posicionamento, querem saber da vida pessoal, perguntam se estou namorando, se a música é sobre alguém. Mas hoje eu sei o que quero mostrar e o que prefiro guardar.”

A artista de 29 anos se tornou conhecida por releituras e covers, e diz que agora mergulha em algo mais autoral e maduro, explorando sonoridades que vão do pop leve ao R&B. “Comecei buscando referências que sempre me tocaram. Fui entendendo o que eu ouvia na infância, o que me formou musicalmente, e encontrei esse lugar mais sentimental.”

Não por acaso, o disco tem momentos que lembram grandes nomes da MPB como Cássia Eller, Ana Carolina e Maria Gadú. Comparada a elas desde o início da carreira, Ana Gabriela encara a semelhança com orgulho, mas também com responsabilidade. “Essas mulheres abriram caminhos para artistas. São inspirações, mas a comparação nunca partiu de mim. Não acho que meu trabalho seja igual, mas sorrio quando ouço isso. A Cássia era uma intérprete incrível.”

Quando o assunto é composição, ela é direta ao afirmar que a dor inspira com mais facilidade. Mesmo em momentos felizes, conta que suas primeiras melodias no violão costumam soar tristes. “Acho que sou intensa demais, me conecto com a tristeza. Ela é muito identificável”, diz.

Questionada sobre com quem gostaria de dividir o palco, cita Tim Bernardes como sonho vivo, e Cássia Eller como saudade. “Queria têr conhecido a Cássia nos bastidores, ver como era antes de cantar. Nunca fui a um show dela, é um sonho que ficou para outra vida.”

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