“Durante uma visita que fiz a Hollywood, pensei: quero fazer o Oscar da fotografia com sede em Brasília”, conta Eduardo Vergara. Foi assim que surgiu o Brasília Photo Show (BPS), festival internacional de fotografia que, neste ano de 2021, caminha para sua 7ª edição. Considerado o maior, na esfera popular, da américa latina, o evento reunirá um grande volume de fotografias de alto nível, viabilizando e possibilitando que diversos talentos promovam sua arte.
Segundo Eduardo, idealizador e curador do BPS, a edição 2021 do Festival será tão provocativa e surpreendente quanto a de 2020, que recebeu 15.300 fotografias e turbinou a interação nas redes sociais do Festival, totalizando mais de 75 milhões de views de 2015, ano de inauguração, a 2020. “A fotografia sempre será instrumento de conexão, apreço e reflexão. Não importa o que está diante dos olhos atentos do fotógrafo, estamos sempre prontos para gerar uma experiência e uma percepção surpreendente em quem aprecia essa arte”, afirma o organizador.
As inscrições para o evento acontecem de forma virtual e gratuita, e vão até o dia 26 de agosto. Os fotógrafos que inscreverem até duas fotos são isentos do pagamento de taxa, no entanto, a partir da terceira foto, há cobrança de R$ 25,00 por imagem. A premiação da nova edição, conforme ressalta Eduardo Vergara, acontecerá em novembro, e os vencedores serão agraciados com prêmios que somam mais de R$ 50mil. “Entre eles, uma viagem com acompanhante, vouchers de R$1mil para compras no Oba, Cursos Master Cara da Foto, Salas Virtuais no BPS Grand Gallery, acessórios para câmeras e estúdio”, revela o curador.
Sucesso desde a concepção
Entre a primeira e a sexta edição do BPS, foram admitidas 58.500 fotos, e mais de 46 mil foram postadas no perfil do Festival no Facebook. A edição 2021, por sua vez, traz novidades. Entre as mais de 20 categorias disponíveis estão a Macrofotografia, a Astro Night Sky, a Especial Mobilidade sobre Trilhos e a Especial 60+1 ano de Brasília. “A última edição do BPS foi memorável e será especialmente lembrada porque superamos inúmeros desafios para realizá-la em um momento no qual o País estava paralisado diante de tudo o que se passava”, diz Eduardo. Com todos os desafios impostos também a mais esse episódio, a essência do evento resiste, e revela que a fotografia está ainda mais democrática, seguindo sempre à frente de qualquer tempo.
No ano passado, a pandemia trouxe outra configuração para o evento com relação à premiação, que ocorreu de forma reduzida em termos de presença física. “A gratificação passada foi realizada com o auxílio da tecnologia, através de uma transmissão ao vivo que durou um dia inteiro. Os participantes ficaram na adrenalina o tempo todo aguardando o resultado. Mesmo com todas as limitações, é uma grande festa”, desenvolve Vergara. Todavia, o cenário, mesmo que restrito, possibilitou grandes feitos em outras esferas e, como salienta o idealizador do BPS, impulsionou um aperfeiçoamento dentro do mecanismo das inscrições, que já ocorriam de forma online.
Os vencedores da 7ª edição serão escolhidos pelo corpo de jurados do Festival, composto por curadores que já atuam no evento desde o início. “Eles avaliam as obras sem relacionar o autor com foto. Depois de uma seleção apurada, os trabalhos dos concorrentes diretos, que estão no páreo para ganhar as estatuetas das categorias do festival, são enviados para curadores do mundo da arte parceiros do projeto”, esclareceu Eduardo. Essa diversificação de análises, na avaliação do curador, os ajudam a encontrar a junção da técnica com a expressão da arte, uma característica única e original do Brasília Photo Show. “A premiação de 2021 provavelmente ocorrerá novamente via transmissão ao vivo. Para engrandecer a festa, convidados profissionais da fotografia são recebidos presencialmente ou virtualmente e revelam segredos profissionais em palestras e cursos oferecidos gratuitamente durante o evento”, acrescentou.
Fisicamente em Brasília e São Paulo
Seguindo todos os cuidados que ainda se fazem necessários devido à pandemia vivida no Brasil e no mundo, as exposições das fotos vencedoras da edição 2020 irão voltar a colorir espaços reais e acessíveis, como as estações de metrô da capital. “O BPS alcançou o mundo, mas nasceu em Brasília. Então, a cidade também foi escolhida para o retorno das exposições presenciais”, pontua Vergara. As obras, de acordo com o que garante Rodrigo Nimer, diretor executivo do BPS Group, serão expostas nas estações do Metrô DF, em locais que não favorecem aglomerações, como por exemplo, as escadas rolantes.
A mostra da 6ª edição do Brasília Photo Show nas estações trará 132 fotos vencedoras das 22 categorias que compuseram o evento de 2020. São seis imagens de cada categoria, expostas de 26 de junho a 26 de agosto de 2021 para um público passante de 100 mil pessoas por dia. As imagens de 40x60cm serão instaladas nas paredes laterais das escadas rolantes de dez estações.
Já entre 15 de julho e 31 de agosto, os moradores da maior metrópole do País poderão apreciar os trabalhos dos fotógrafos de São Paulo. As imagens estarão expostas na Estação Santana, Linha Azul do Metrô de SP. Aqui, serão 35 imagens premiadas nas seis primeiras edições do Festival Internacional de Fotografia Brasília Photo Show, clicadas por fotógrafos locais.
Quem não faz parte do eixo Brasília-São Paulo, não ficará de fora. Estes, graças a tecnologia, poderão prestigiar uma série de coletâneas que marcam o lançamento da plataforma de exposições virtuais 3D BPS Grand Gallery. De acordo com Rodrigo, isso é considerado uma conquista do BPS Group, pois foi pensada para disponibilizar, de forma totalmente virtual, trabalhos de fotógrafos de qualquer lugar do planeta, oportunizando tanto os profissionais quanto o público. “Por um valor muitíssimo acessível aos fotógrafos, os trabalhos são expostos em altíssima qualidade. A plataforma da exposição permite que o visitante caminhe pelos corredores e aprecie detalhes do registro”, descreve o diretor executivo. Além disso, a entrada é gratuita e a mostra de cada fotógrafo pode, inclusive, ser usada como portfólio de trabalho.
Na avaliação de Eduardo Vergara, a chegada do evento garantiu a conexão entre fotógrafos, principalmente aqueles que não tinham noção do seu potencial, com o grande público, que se deu de forma imediata desde a estréia do BPS. Como destaca, muitos talentos encontram inúmeras barreiras para se reconhecerem como artistas, criadores, impulsionadores da arte, e para admitirem serem capazes de tocar o universo de muitas pessoas, e o Festival foi responsável por mudar a vida dessas pessoas. “Grandes e talentosos profissionais surgiram e revelaram uma nova realidade, qualquer pessoa criativa pode alcançar um novo patamar na fotografia por meio do BPS”, finalizou, satisfeito, o curador.
