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Brasília

União Química pretende produzir 8 milhões de doses por mês da Sputnik V

Farmacêutica aguarda aprovação da Anvisa. Presidente da União Química acredita que o Brasil tem de ter autonomia na produção de vacinas

Redação Jornal de Brasília

25/01/2021 12h31

Willian Matos e Catarina Lima
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A farmacêutica União Química, localizada no Polo JK, em Santa Maria, pretende produzir oito milhões de doses por mês da vacina russa contra covid-19 Sputnik V a partir de abril deste ano. Para isso, o imunizante precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Instituto Gamaleya, da Rússia, que criou a Sputnik V, espera dois tipos de autorização da Anvisa: o primeiro é uma liberação emergencial que, caso concedida, permite que o instituto importe 10 milhões de doses da vacina para o Brasil. O segundo é uma medida que permite que a União Química passe a produzir no país.

Caso a União Química tenha esta autorização, a farmacêutica deve produzir as oito milhões de doses por mês, o que poderia acelerar a vacinação contra a covid-19 em todo o país. A empresa teria o ingrediente farmacológico ativo (IFA), principal item para a produção da vacina.

O presidente da União Química, Fernando Castro Marques, acredita que o Brasil tem de ter autonomia na produção de vacinas. “Nosso país tem que ter produção verticalizada, não pode ficar dependendo. Nós somos uma grande nação e temos que produzir vacina com alta tecnologia”.

“Está muito claro que, em uma pandemia dessa, nós não somos prioridade para as grandes companhias. Primeiro vão atender a Europa, depois os Estados Unidos… quando é que chega a vacina aqui para a gente? Então, acho que é uma coisa que o governo tem que estar atento.”

Fernando Castro Marques confirmou que, diferentemente de outros países da América do Sul, o Brasil ainda não sinalizou de compra.

DF segue aguardando o Ministério

O governador Ibaneis Rocha declarou que não pretende comprar doses da Sputnik V de forma antecipada. A postura tomada por Ibaneis é de esperar o Ministério da Saúde comprar e distribuir aos estados e ao DF.

“Aqui no DF eu tenho seguido o Plano Nacional de Imunização, e tem dado certo. As vacinas que têm chegado têm sido distribuídas de forma nacional pelo Ministério da Saúde. O ministro Pazuello tem feito essa distribuição de forma proporcional, então acredito que não deva se instalar uma corrida entre os estados para a compra da vacina”, comentou o chefe do Executivo.

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