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Brasília

Traficante de luxo lucrava R$ 30 mil por mês com droga gourmet

Arquivo Geral

23/11/2018 13h16

Foto: Raianne Cordeiro/Jornal de Brasília

Jéssica Antunes
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Um traficante de luxo que atuava no Distrito Federal há pelo menos dois anos foi preso pela Polícia Civil em Sobradinho II. Especializado em drogas “gourmet”, vendidas a preços elevados, ele lucrava até R$ 30 mil por mês repassando entorpecentes a outros criminosos. Na mão dele, uma grama chegava a custar R$ 200. Em sua casa, uma máquina de embalagem a vácuo foi encontrada e os investigadores acreditam que ele enviava pacotes pelos Correios.

Carlos Henrique de Souza Rabelo, 28 anos, não é desconhecido. No ano passado, ele foi preso com cinco quilos de haxixe. Após a liberdade, o suspeito voltou a atuar. Investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) receberam denuncia anônima e foram duas semanas de campana até a oportunidade perfeita de prendê-lo. Na tarde de quinta-feira (22), ele foi flagrado repassando 20 gramas de ecstasy e MDMA a um homem por R$ 1,3 mil dentro de um carro.

Após a prisão, os policiais foram até a casa do traficante e encontraram um estoque de drogas avaliado em R$ 8 mil — o suficiente para uma semana. No local, as equipes da Cord apreenderam R$ 2,5 mil porções de haxixe marroquino, óleo de maconha e drogas sintéticas.

“Desta vez não tinha muito volume, mas variedade e qualidade. O grama do MDMA Cristal chega a custar R$ 120. O óleo de maconha é encontrado a R$ 200. São princípios ativos muito usados em festas, colocando um pouco em garrafas de energético ou água, já que rendem muito”, explica o delegado-chefe Luiz Henrique Sampaio.

As vendas ocorriam com regularidade área do Grande Colorado para pessoas de maior poder econômico. “Ele não atendia usuário, mas outros traficantes varejistas que comercializam no Plano Piloto. O preso vendia drogas boa, cara e tinha bom estoque. Ele era cuidadoso, tinha clientela selecionada e embalava os produtos a vácuo. Suspeitamos, inclusive, que ele enviava por remessa postal a outras regiões”, explica o delegado.

O homem tinha estilo de vida confortável. Morava em um condomínio de classe média e ostentava relógios caros. Levado à delegacia, Carlos não respondeu a nenhuma pergunta. Nesta sexta-feira (23), ele deve passar por audiência de custódia.

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