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Brasília

Seca: cuidados com a saúde devem ser redobrados

É importante reforçar a alimentação saudável, rica em frutas e verduras e com ingestão de líquidos frequente

Aline Rocha

03/09/2019 14h21

Foto: Breno Esaki/Secretaria de Saúde

Da Redação
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Com a umidade do ar na casa dos 13%, nariz sangrando, olhos coçando, pele ressecada e desidratação podem acabar se tornando alguns sintomas comuns. Esses sintomas são causados pela seca no Distrito Federal, que tem deixado a umidade cada vez mais baixa.

A alergista e imunologista Marta Guidacci explica que, em períodos de baixa umidade, é importante reforçar a alimentação saudável, rica em frutas e verduras e com ingestão de líquidos frequente. “Muita água – natural ou de coco -, chás e sucos naturais, sem bebidas alcoólicas e gasosas”, diz a especialista.

Ela ressalta, também, que é necessário hidratar o nariz e a mucosa do olho com soro fisiológico para evitar ressecamentos e sangramentos. “Na seca, os olhos podem ficar vermelhos, os lábios podem rachar. A pele costuma ficar ressecada, principalmente em pessoas que já têm problemas na pele. Por isso, o uso do soro ajuda”, afirma Guidacci.

Já Géssica Andrade, referência técnica distrital de Pneumologia da Secretaria de Saúde reforça que o ar seco faz estragos com a temperatura mais alta. “Acelera a absorção do suor pelo ambiente e resseca a pele. A desidratação acaba deixando o sangue mais denso”, explica.

A junção do tempo seco com a baixa umidade também dificultam a dispersão de gases poluentes, o que faz com que as pessoas fiquem mais suscetíveis a infecções virais e bacterianas e a crises de asma. “Acaba ficando mais difícil para as vias respiratórias se defenderem do ar com qualidade ruim. As pessoas com doença respiratória prévia sofrem mais com isso”, aponta Géssica.

Mais umidade

Nesse caso, qualquer método para melhorar a umidade do ar é bem-vindo, segundo a pneumologista Bianca Rodrigues. “Pode-se usar, por exemplo, balde com água ou toalha molhada na cabeceira da cama”, sugere.

Quanto ao umidificador, a especialista faz uma ressalva: “Ele pode se tornar pior do que o ar seco, se não for usado da forma correta”, alerta.

O recomendável é utilizá-lo em um ambiente em que circule o ar, com portas e janelas abertas. O uso por período prolongado em locais fechados pode levar a um excesso de umidade nas paredes, o que favorece o crescimento de mofo e bolor, tornando-se mais uma fonte de infecção.

“O ideal é ligá-lo, em média, por três a quatro horas antes de ir dormir e desligá-lo quando for se deitar. Se o aparelho for mais moderno, pode programá-lo para se desligar automaticamente, uma vez cumprido o tempo programado”, ensina Rodrigues.

Na hora de utilizar o aparelho também é importante esvaziar o reservatório, higienizar e secar, para evitar o crescimento de bactérias. “O umidificador pode se tornar um ‘vilão’ se for usado em excesso ou se não forem feitas todas as medidas de higiene necessárias”, destaca Géssica Andrade.

Procure uma UBS

Quem tem problemas decorrentes da seca pode procurar assistência em diversas unidades de saúde do DF. O primeiro passo é entrar em contato com um clínico-geral ou médico de família na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima da residência. Caso o estado de saúde seja grave, o paciente será direcionado a um especialista, como um alergista, por exemplo. O acesso se dá pelo Sistema de Regulação da pasta, após o paciente receber encaminhamento em alguma UBS.

Com informações da Agência Brasília

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