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Brasília

‘Os filhos deles viram tudo’, diz vizinha de mulher morta por PM

Arquivo Geral

07/08/2018 13h06

Raphaella Sconetto

“Os filhos estavam na garagem e viram tudo”, garantiu uma vizinha da casa onde Adriana Castro Rosa Santos foi morta a tiros, na manhã desta terça-feira (7),  pelo marido, o policial militar Epaminondas Silva Santos. A vítima estava na casa da mãe dela, na QN 7 do Riacho Fundo II, desde a última quinta-feira (2). É o segundo caso de feminicídio em menos de 24 horas na capital federal.

Adriana Rosa e o marido, Epaminondas Silva Santos. Foto: Reprodução/Facebook

“Ouvimos dois tiros e, logo depois, o terceiro. Pensei que fosse assalto, mas vi a mãe dela desesperada e resolvi sair de casa para ver o que estava acontecendo. Foi aí que vi: os dois filhos deles estavam na garagem e presenciaram tudo”, relembrou a dona de casa Givanilde Cavalcante, de 36 anos.

Adriana Rosa e o marido, Epaminondas Silva Santos. Foto: Reprodução/Facebook

Segundo informações preliminares, o PM chegou ao local em uma moto e chamou Adriana até o lado de fora. Quando a mulher surgiu, o militar atirou contra ela e, em seguida, atirou na própria boca. O Corpo de Bombeiros foi acionado e atestou o óbito dos dois.

“Eles pareciam ser um casal tranquilo. Não sabíamos se eles estavam separando ou não. Estamos todos muito chocados. Fomos pegos de surpresa e ficamos abalados”, concluiu a vizinha.

Conforme a Polícia Militar, os dois eram pais de duas crianças, de 11 e 8 anos. Ainda não há detalhes sobre a motivação do crime. Epaminondas Santos era lotado no 8º Batalhão da PM (Ceilândia).

Reprodução

Em nota oficial, a Polícia Militar disse “lamentar imensamente o fato” e destacou que o trabalho diário dos policiais militares visa, entre outras coisas, evitar crimes como este. Por fim, a corporação afirmou “se solidarizar com os familiares” e se colocou à disposição para auxiliar no que for necessário.

Asa Sul

Na noite dessa segunda-feira (6), uma mulher morreu depois de despencar do terceiro andar de um prédio da Asa Sul. Carla Graziele Rodrigues Zandoná, de 37 anos, teria sido jogada pelo companheiro, Jonas Zandoná, 44. Ele foi preso em seguida.

Carla Graziele caiu no gramado do prédio do Bloco T da SQS 415. Ela chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Instituto Hospital de Base do (IHBDF), mas não resistiu aos ferimentos. A mulher caiu de costas e apresentava marcas no pescoço.

Jonas foi preso no apartamento, depois de oferecer resistência. Segundo a Polícia Civil, ele diz não lembrar do que aconteceu e também afirma não ter ideia do motivos dos arranhões pelo corpo. O homem, no entanto, confirmou que havia ingerido bebida alcoólica durante o dia e relevou que é alcoólatra.

Reprodução

Segundo vizinhos, o casal havia discutido momentos antes da queda de Carla. Já existia, inclusive, registro de ocorrência com enquadramento na Lei Maria da Penha sobre brigas do casal. As denúncias, segundo a polícia, partiram tanto de Carla quanto de Jonas.

A PCDF realizou perícia no apartamento e vai utilizar imagens de câmeras de segurança para ajudar nas investigações. O imóvel é de propriedade de um homem de 75 anos. Ele, Jonas e Carla mantinham um relacionamento amoroso e os três moravam juntos. O idoso é ouvido nas investigações, que são conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).

Recanto das Emas

Na noite de domingo, o DF registrou mais um caso de feminicídio, desta vez, no Recanto das Emas. Edilson Januário de Souto atingiu Marília Jane de Sousa Silva com três disparos de arma de fogo após uma discussão. O homem de 61 anos é taxista e ainda é procurado.

Marília recebeu o primeiro disparo enquanto estava na cama. Ela tentou correr para fora da casa, mas foi atingida por outros tiros e caiu na garagem, já sem vida. Edilson fugiu logo depois, deixando o corpo da mulher trancado em casa. Polícia e bombeiros foram acionados pela vizinhança.

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