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Brasília

Número de lançamentos mais que dobra no DF

Mercado brasiliense comemora oferta de 34 empreendimentos em 2019

Pedro Marra

07/02/2020 7h24

Coletiva sobre crescimento do mercado imobiliário – Adalberto Valdão Júnior, vice-presidente do Sinduscon-DF e Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do DF ADEMI-DFfoto : Pedro Marra/JBr

O mercado imobiliário do Distrito Federal tem o que comemorar nesta virada de ano. Isso porque, em 2019, houve crescimento superior a 100% no lançamento de empreendimentos residenciais em relação a 2018. Novo levantamento do Indicador de Velocidade de Vendas (IVV) — que mostra o desempenho na comercialização de novos imóveis — comprova essa retomada de investimento, com velocidade de vendas de 9,4%, a melhor do mês de dezembro em comparação com o mesmo mês de outras edições da pesquisa, criada em 2014.

A recuperação é evidente quando se trata de imóveis lançados até dezembro do ano passado: 34 no total. Sendo mais que o dobro do mesmo período de 2018, quando 15 empreendimentos foram apresentados. No que se refere a novas unidades residenciais, o indicador registrou 3,5 mil em 2019, o que superou os 1,7 mil imóveis do ano anterior.

Para o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira Almeida, a projeção para este ano é de mais evolução para o setor.

“Em dezembro de 2018, o IVV foi de 7,6%. Isso significa que tivemos uma maior velocidade de venda em dezembro de 2019 (com a taxa de 9,4%). A expectativa para este ano é um aumento tanto de ofertas como de vendas em torno de 30%”, adianta Eduardo.

Regiões em destaque

O número de unidades vendidas também cresceu. Em dezembro de 2019, 266 unidades residenciais foram comprados, 19% a mais do que o mesmo mês do ano preliminar, quando 223 imóveis haviam sido vendidos. Em 2019, as regiões com maior concentração de vendas foram: Santa Maria em primeiro com 70 imóveis; Noroeste com 58; e Park Sul tendo 57 empreendimentos comprados.

Por outro lado, o Noroeste é a região do DF com mais ofertas de residenciais: 576. “Esse resultado sinaliza a consistência na recuperação do mercado no ano passado. Apesar da sazonalidade, mantivemos a tendência e tivemos confirmadas as nossas expectativas. Isso faz com que investimento em imóvel seja bastante rentável com maior velocidade de venda. O que demonstra a confiança do consumidor que aposta em unidades que ainda estão em construção”, diz o presidente da Ademi-DF.

Uma conjuntura bem favorável

Na opinião do vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Adalberto Valadão Júnior, esta fase de consolidação do setor imobiliário é consequência do início da recuperação econômica do país recentemente.

“A gente tem observado um cenário muito mais estável nesses últimos dois anos com a inflação baixa, taxas de juros caindo a cada dia, e sem nenhuma grande surpresa que traga insegurança para a economia brasileira. Por outro lado, acompanhando a queda na taxa Selic, as taxas de financiamento imobiliário para o consumidor final também têm caído. Isso faz com que mais gente tenha condição de tomar financiamento para comprar imóveis. Então a demanda aumenta e estimula o investidor a querer construir novos empreendimentos”, comenta o vice-presidente do Sinduscon-DF.

Outro ponto relevante é a velocidade de vendas dos imóveis em obra no mês de dezembro do ano passado, sendo cerca de 2,4 vezes maior que a dos imóveis prontos. “O nosso mercado, especialmente no DF, puxa bastante o número de empregos para pessoas que mais precisam, com baixa qualificação. Um incremento no mercado imobiliário é a injeção direta de emprego na nossa sociedade e de mais recursos para o nosso estado”, afirma Valadão.

Os dados do Indicador mostram que 2,8 mil unidades residenciais no mês de dezembro nos segmentos de médio e alto padrão. Já o segmento econômico registrou a oferta de 1.240 unidades. O maior volume de lançamentos foi registrado nas regiões do Noroeste, Santa Maria e Águas Claras, respectivamente. “Para 2020, esperamos novos lançamentos imobiliários, ainda mais vendas e um gradativo aumento nos preços dos imóveis, represados há algum tempo”, projeta Adalberto.

Leilão será o maior da história

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definiu ontem as regras do edital do leilão da telefonia 5G, ampliando a oferta de frequências em 100 MHz, o que tornará o certame o maior da história, segundo fabricantes de equipamentos.

Ao todo, serão 3,7 GHz ofertados em blocos espalhados por quatro faixas de frequência: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz.

As frequências são como faixas no ar por onde as operadoras fazem trafegar seus sinais. Eles não podem ser emitidos fora dessas faixas para evitar interferências.

Cada faixa de frequência terá contrapartidas específicas a serem implementadas pela empresa vencedora, como cobertura de rodovias (700 MHz), instalação de redes de fibra óptica em sedes municipais hoje não atendidas com altas velocidades de tráfego.

Pequenos provedores, que hoje respondem por 30% da oferta de banda larga no país, também terão espaço para disputar frequências de 5G e, assim, ampliar ainda mais sua cobertura.

Consulta pública

Com a decisão, o conselho tenta apressar o processo de consulta pública para atender ao governo, que pretende realizar o certame no final deste ano. Esse prazo foi definido em 45 dias. Pela internet, as contribuições poderão ser enviadas de qualquer lugar do país ao longo desse período.

Fabricantes de equipamentos que serão responsáveis pela construção das redes, pressionam, no entanto, para que o leilão seja postergado para o próximo ano. A maior interessa é a Ericsson, que quer mais prazo para aprimorar sua tecnologia e tentar ser competitiva diante da chinesa Huawei, que desenvolveu equipamentos que conversam com todas as tecnologias em uso no mundo, são menores, mais potentes, e mais baratos.

Seguindo diretriz do governo, a Anatel decidiu ampliar o oferta de frequência na faixa de 3,5 GHZ. Essa escolha gerou duas medidas compensatórias. Caberá às teles arcar com custos de mitigação de interferências nas antenas parabólicas. Será preciso instalar filtros nessas antenas e o custo estimado varia entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão.

Além disso, as teles terão de indenizar as empresas de satélites que hoje operam nessas faixas de frequência e terão de ser deslocados para frequências superiores a 3,7 GHz. Os cálculos ainda serão feitos.

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