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Brasília

Mercado imobiliário projeta manter crescimento em 2021

O valor geral de vendas fechou o ano passado em R$ 1,5 bilhão. Compra e venda aumentaram 19%

Redação Jornal de Brasília

08/01/2021 6h01

Cezar camilo
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Desde julho do ano passado, o mercado de imóveis na capital registra forte recuperação. Segundo a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), a estimativa do potencial de lucro dos 31 novos empreendimentos imobiliários chega aos R$ 2 bilhões em 2021. No ano passado, o valor geral de vendas (VGV) fechou em R$ 1,5 bilhão.

Uma disparada no sentido oposto às incertezas da pandemia, com cancelamento de lançamentos e expectativa de queda nas vendas.

A combinação de juros baixos e o remodelamento do setor — com mais espaços voltados para locação de residências e lojas — alavancaram o lucro das empresas. Outro fator apontado é a ressignificação do bem imobiliário após a chegada do novo coronavírus. “Por conta do trabalho remoto, as pessoas confinadas em casa redefiniram o sentido de morar”, explica o vice-presidente da Ademi-DF, Celestino Fracon Jr.

“O primeiro imóvel ou um espaço mais confortável voltou a ter grande importância. Quem tinha passou a procurar mais e quem não tinha começou a se movimentar para adquirir um lugar para chamar de seu”, disse.

A retomada começou em 2019, após cinco anos de agonia. A instabilidade política e a crise econômica que assolou o país a partir de 2014 ocasionou índices muito baixos de desempenho. Após a mudança de governo, com sinalizações acerca das reformas estruturais — administrativa e tributária — e a política de incentivo ao consumo com diminuição de juros, o mercado de imóveis revigorou a oportunidade de novos empreendimentos. “Tinha tudo para continuar até que veio a pandemia”, relembra Celestino.

Linhas de crédito

O governo enfrentou a recessão com mais linhas de crédito. Famílias e empresas puderam utilizar um mesmo imóvel em mais de uma operação de financiamento no segmento imobiliário. O Banco Central (BC) apresentou duas novas modalidades de crédito com juro menor. “A pessoa fez um empréstimo de R$300 mil e deve R$150 mil, essa pessoa já tem histórico de já ter conseguido pagar. Tem histórico positivo no sistema financeiro”, disse o chefe do departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC, João André Calvino, na época da divulgação.

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Com o novo contexto, a taxa de juros chegou a patamares históricos de baixa. O estímulo de financiamentos mais atrativos animou os consumidores a voltarem para os imóveis como opção de investimento. Reflexo disso é o recorde de captação das poupança durante a emergência sanitária, irrigando a maior fonte de recursos para os bancos financiarem a casa própria. Fatores que ajudaram a segurar o fôlego do setor no segundo semestre, apesar da crise de saúde pública.

Ainda que o Banco Central demonstre a intenção de subir os juros neste ano, a Ademi-DF descarta a possibilidade do aumento prejudicar o setor. “Acreditamos que 2021 vai ser tão bom quanto o período anterior”, disse o vice-presidente da associação, Celestino Fracon Jr: “Apesar da pandemia, isso foi consolidado.”

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