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Brasília

Homem que arrastou cachorro em pista prestou depoimento e foi liberado

O animal ficou ferido, foi levado para o veterinário e está bem. A Polícia Civil entendeu que como o dono não fez por mal

Arquivo Geral

03/01/2019 19h53

Atualizada 05/01/2019 9h59

Foto: Reprodução

João Paulo Mariano
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O dono do cachorro, que foi arrastado por vários metros pelo asfalto, prestou depoimento na 19ª DP (P Norte) na tarde desta quinta-feira (03), e foi liberado. No entendimento do delegado que apurou o caso, Isac Batista de Azevedo, a situação não se caracterizou como maus tratos aos animais porque foi comprovado que o motorista cometeu o erro sem o dolo, ou seja, sem a intenção de ferir o pet. O cão foi hospitalizado e passa bem.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o momento em que o cachorro, que parece estar desacordado, é arrastado pela pista do Sol Nascente, em Ceilândia. É possível ver que o animal está preso por uma coleira na traseira do carro. Isso ocorreu na última quarta-feira (02). A investigação começou assim que a imagem chegou nas mãos da Polícia Civil.

O tutor do animal foi identificado pela placa do veículo que é mostrada no vídeo. Ele foi intimado a comparecer na DP. Em depoimento, o homem disse que tinha dado banho nos dois cães que cuida. Um deles foi amarrado no carro para secar ao sol. Foi, então, que ele teve que sair para comprar uma argamassa e esqueceu que o cão estava ali.

Depois de um tempo na pista, ele ouviu o barulho e viu que o cachorro estava amarrado. O acusado assegurou à Polícia que assim que percebeu a situação, pegou o cão e o levou para o hospital veterinário. O animal ficou ferido, mas foi medicado e por estar bem, voltou para casa.

Sem dolo

O delegado Isac, da 19ª DP, sugeriu o arquivamento do caso porque entendeu que o dono do animal não fez isso por mal e se mostrou bastante preocupado com a saúde do bicho. “O delito de maus tratos só é punido na modalidade dolosa, quando a pessoa quer causar os maus tratos. Não existe possibilidade culposa, ou por negligência, que foi o caso. Ele trouxe comprovantes do veterinário e ficou claro que ele não tinha a intenção de causar danos”, afirma.

Apesar disso, a advogada Ana Paula Vasconcelos irá levar o inquérito policial para o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Tem que ter algum tipo de sanção, já que há uma lei federal e local que fala de maus tratos aos animais. O que ele fez poderia ter custado a vida do cachorro”, afirma Ana Paula, que deseja que o dono seja multado.

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