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Brasília

Fotos exclusivas mostram o adeus de parentes ao menino Rhuan

Lindauro Gomes

06/06/2019 7h00

Foto: Arquivo pessoal

Olavo David Neto e Vanessa Lippelt
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Aconteceu ontem, em Rio Branco, no Acre, o enterro de Rhuan Maycon da Silva Costa. O menino, de apenas nove anos, foi morto e esquartejado pela mãe e pela madrasta em Samambaia, no Distrito Federal, no última sexta-feira, 31. O avião que fez o traslado do corpo chegou à capital acreana por volta de 1h15 de ontem e seguiu direto para o cemitério. O velório começou às 11h (13h, no horário de Brasília). Após as despedidas, a família de Rhuan seguiu à delegacia para colaborar com as investigações do delegado Guilherme de Sousa Melo, da 26ª DP, que viajou a Rio Branco para ouví-los.

Velório de Rhuan Maycon, o menino que foi esquartejado pela mãe, em Samambaia. Foto: Arquivo pessoal

 

As últimas homenagens a Rhuan foram acompanhadas por familiares e amigos. Por telefone, o tio-avô do menino, Lúcio Barreto, conversou com exclusividade com o Jornal de Brasília e contou que o clima no velório era de tristeza, mas sem revolta. A família da mãe, Rosana Auri da Silva Candido, que confessou o crime no momento da prisão, também esteve presente. Maria Antônia, avó materna de Rhuan, Natália, Samara e Thiago, tios da criança, prestaram homenagens ao menino.

Lúcio comentou que não houve incidentes com a presença de familiares da autora do crime. “O velório se deu de forma bem tranquila, não houve exaltação de nenhuma parte. Não teve hostilidade de nossa parte em relação à mãe da Rosana”, revelou o homem, irmão de Francisco das Chagas, avô que tinha a guarda do menino. Segundo Barreto, todos se davam bem antes da morte de Rhuan. A mãe de Rosana, inclusive, apoiou Maycon Douglas, pai da criança, nas discussões pela guarda do menino.

Responsável pela investigação, o delegado Guilherme de Sousa Melo, da 26ª Delegacia de Polícia, desembarcou na manhã desta quarta em Rio Branco. Segundo ele, a viagem servirá para “traçar os ambientes pré e pós-sequestro”. Melo se reuniu durante a tarde com o pai e outros familiares paternos do menino. De acordo com Lúcio, o dia foi movimentado para a família de Rhuan. No momento da entrevista, os familiares ainda estavam na delegacia à espera de serem convocados a depor. “Nós estamos até sem comer, saímos do velório e só trocamos a roupa em casa para vir falar com o delegado”, contou.

Na fila depoimentos, Lúcio era o quinto. O pai, Maycon Douglas, foi o primeiro a falar com o delegado Melo. Francisco das Chagas o próximo, seguido de Maria do Socorro (avó paterna) e Maria Antônia (avó materna), os próximos. De acordo com ele, todos os depoimentos seguiriam a linha de como era a personalidade de Rosana e a relação dela com Kacyla.

Autoridades presentes

O transporte do corpo – orçado em R$ 4,4 mil – foi bancado pelo governo do estado do Acre e pela Defensoria Pública da unidade federativa. Deputados estaduais estiveram presentes ao serviço fúnebre e até a primeira-dama do Acre, Ana Paula Correia Cameli, compareceu, acompanhada da secretária de assistência social de Rio Branco. Por telefone, o tio-avô de Rhuan agradeceu a ação dos órgãos públicos. “A gente tem que agradecer ao governo do estado que nos ajudou com todas as despesas de traslado do corpo”.

O caso

Rhuan estava dormindo quando a mãe, Rosana Auri da Silva Candido lhe desferiu um golpe de faca no tórax. A madrasta do menino, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno, sufocou a criança enquanto outros golpes a faca eram dados pela mãe. Após a morte, o casal tentou queimar o corpo do jovem, mas sem sucesso. Então, as duas esquartejaram o menino e distribuíram o corpo em duas mochilas escolares e uma mala de viagem.

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