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Brasília

Criança vítima de espancamento segue internada

Ela e três irmãos foram agredidos pelos tios na última quarta-feira (29), em Planaltina de Goiás

Redação Jornal de Brasília

30/05/2019 20h36

Foto: Reprodução

Beatriz Castilho

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Uma das crianças espancadas em Planaltina de Goiás, na última quarta-feira (29), continua internada no Hospital Santa Rita de Cássia. Ela e os outros três irmãos, de idades entre 1 e 8 anos, foram vítimas de agressões pela tia e o namorado dela. O caso ocorreu na casa em que moravam, no Setor Aeroporto, cerca de 48 km de Brasília. Com os ataques, Sabrina de Jesus Cabral, 6, morreu.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para buscar o corpo de Sabrina. Ela sofreu um traumatismo crânioencefálico e um trauma no pescoço. As outras crianças receberam cuidados do Samu e foram encaminhadas para o hospital. Todas elas tinham marcas de abusos pelo corpo.

De acordo com o conselheiro tutelar Antônio Freire, a menina internada, de 4 anos, deve passar por uma cirurgia no braço por conta de uma fratura possivelmente causada por uma agressão anterior. A criança também apresenta marcas antigas de ferro de passar roupa.

As três crianças, agora, estão sob tutela do estado. Os dois irmãos que já receberam alta do hospital foram registrados pelo Conselho Tutelar, na tarde de hoje (30), e encaminhados para um orfanato.

Até o dia da ocorrência, o órgão não tinha registros da situação dos irmãos. “Essa foi a primeira vez que as pessoas nos chamaram, nem sabíamos que as crianças moravam lá. A tia as levou sem o conhecimento do Conselho. Ela não tem a guarda formalizada”, conta Antônio. Os pais da criança estão presos desde o início do ano, por tráfico de droga.

O conselheiro aponta que algumas pessoas se apresentaram para adotar o trio, mas ele reitera que isso não funciona. “As pessoas se comovem com a história e querem adotar, mas não é bem assim. Os pedidos de adoção devem passar por uma inscrição e serem avaliados. Existem todo um processo para isso”, explicou Antônio.

 O caso

Na quarta-feira (29), o Conselho Tutelar foi um dos primeiros a chegar no local. “Já no local, a conselheira encaminhada tentou entender a situação, mas os agressores negavam as acusações. Ela pediu para que eles abrissem o portão, mas eles negaram”, afirma o conselheiro.

Após as tentativas de negociação, a funcionária acionou a Polícia Militar de Goiás (PCGO). “Só com a chegada dos policiais o Conselho entendeu a situação. Eles não abriram o portão porque a menina já estava morta, deitada perto do portão”, afirma o Antônio. No momento, os policiais realizaram o flagrante, apreendendo a tia, de 17 anos, e realizando a prisão do jovem, de 19. Ambos são acusados pelas agressões.

O caso é investigado pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).

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