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Brasília

Com quase 44 anos de história, Ceilândia possui monumentos que são referências

Arquivo Geral

10/03/2015 15h00

No ano em que a Ceilândia completa 44 anos de história, a Caixa D’água de Ceilândia é um importante monumento para a formação da região, como um ícone da memória da construção, e um símbolo da comunidade há 40 anos.Com 27 metros de altura, a caixa d’água de Ceilândia tem a capacidade de armazenar 500 mil litros de água, o suficiente para abastecer por mais de 20 anos uma casa popular com dois dormitórios, cozinha e banheiro. Atualmente é considerado o maior reservatório de água elevado da cidade. 

A altura do monumento equivale a um prédio de dez andares, portanto, é notada a quilômetros de distância.  “Além de ser símbolo da região, ela é hoje um patrimônio histórico do Distrito Federal, e ponto de referência para muitas pessoas. Daí percebemos o quanto ela é significativa para os ceilandenses”, comentou o administrador da cidade, referindo-se a popularidade do monumento.  

Memória viva

A aposentada Maria de Lordes, de 65 anos, conta que veio morar na cidade em 1972. Ela recorda que durante a construção da Caixa d’água de Ceilândia vendia salgadinhos para os operários da obra,  e que antes da construção do reservatório tinha que percorrer quase um km para buscar água. “Naquela época as coisas eram mais difíceis, sem água encanada e energia elétrica, mas a comunidade era mais solidária. No dia da inauguração do monumento, eu estive com o Governador Hélio Prates. Uma pessoa simples e do povo”, recorda a ceilandense. 

O símbolo da região está localizado estrategicamente no coração da cidade, ao lado da Feira Central de Ceilândia.  Desde a sua inauguração, o monumento serve como referência para moradores e visitantes da cidade.  

Além disso, o local é o único patrimônio tombado de Ceilândia e continuará sendo usado como reservatório sob a responsabilidade da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), que é a proprietária do bem.  

Construção do monumento

A Caixa D’água de Ceilândia começou a ser construída no ano de inauguração da cidade, em 27 de março de 1971, tendo a pedra fundamental lançada pelo governador Hélio Prates. Três anos depois, em dezembro 1974, a obra foi entregue à comunidade para fornecer água às novas famílias assentadas na região.  

Segundo a Caesb, estima-se que foram usados para erguer o reservatório 1,3 mil sacos de cimento, meia tonelada de ferro armado e mais de uma tonelada de brita. Na época foram envolvidos diretos e indiretamente mais de cinquenta trabalhadores na construção da obra.  

No ano da entrega da Caixa D’água, foi criada a Comissão de Erradicação de Favelas. Um grupo de trabalho que mais tarde se transformou em Campanha de Erradicação das Invasões (CEI). Nome que apelidou a cidade de Ceilândia que atualmente é a mais populosa do Distrito Federal e umas das regiões mais povoadas do Brasil com mais de 600 mil habitantes.  

Situada a 35 quilômetros do Plano Piloto, Ceilândia serviu durante a construção de Brasília de moradia aos trabalhadores da obra da capital, que foram batizados de candangos. Em 2011 teve um dos símbolos representativos da região reconhecido como patrimônio histórico do Distrito Federal. O decreto foi publicado no Diário Oficial no dia 19 de novembro de 2013.

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