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Brasília

Bebê é sequestrado dentro da maternidade do Hran

Arquivo Geral

06/06/2017 16h16

Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde

Um bebê foi sequestrado no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) nesta terça-feira (6). A suspeita é de que uma mulher tenha levado a criança de dentro da maternidade da unidade de saúde. A Secretaria de Saúde confirmou o caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil.

Testemunhas disseram que a criminosa seria loira, usava um vestido florido e carregava duas bolsas, uma azul e uma cinza. O bebê foi levado do segundo andar do prédio. Na ocasião, a mãe, de 19 anos, participava do “Dia da Beleza”, uma ação promovida para as mulheres que estão internadas.

De acordo com o diretor-geral do Hran, José Adorno, a criança, que nasceu na Estrutural e foi encaminhada para a unidade de saúde, tem 13 dias. Ela receberia alta médica nesta quarta-feira (7). Mãe e filho dividiam o quarto com uma outra mulher, que garantiu não ter visto o momento em que a criança foi levada.

Leia também: Quatro mortes de bebês são registradas no Hmib nesta segunda-feira

Ainda segundo Adorno, o hospital conta com 28 câmeras de segurança interna, sendo seis localizadas no segundo andar. No entanto, os equipamentos não estão funcionando porque o processo de contratação da empresa que cuidaria das gravações está sendo questionado pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF). Com isso, não há registro da ação da criminosa. A Secretaria de Saúde informou que as câmeras estão funcionando normalmente, mas os equipamentos não gravam as imagens.

O diretor-geral do Hran afirmou ainda que só há uma entrada e uma saída que dá acesso ao segundo andar, local onde o bebê estava internado. Ainda não se sabe como a sequestradora conseguiu sair da unidade de saúde do menino. A suspeita é de que o bebê tenha sido colocado dentro de uma bolsa. Adorno disse também que a mãe continua internada no hospital, onde recebe acompanhamento psicológico.

A Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) deve divulgar um retrato falado com as características da suspeita.

Câmeras de segurança

Em nota, o TCDF informou que, em 2012, a Secretaria de Saúde iniciou procedimento para adesão a uma Ata de Registro de Preços (ARP) do Senado Federal que previa o fornecimento, a instalação e a manutenção de câmeras para vigilância eletrônica.

O TCDF realizou uma auditoria, entre agosto e novembro de 2016, para fiscalizar os bens móveis permanentes estocados pela Saúde. O relatório final aponta que, das 900 câmeras adquiridas, apenas 95 foram instaladas; dos 15 storages previstos para armazenagem de rede só três foram configurados; e dos quatro gerenciadores de sistema, apenas um foi configurado.

A análise preliminar aponta que os hospitais não possuíam a estrutura adequada para o funcionamento completo da solução de monitoramento eletrônico. Na compra realizada, não foi prevista, por exemplo, a aquisição do switch, que é o equipamento que interliga as câmeras aos servidores e às estações de monitoramento.

O relatório de auditoria detalha que “em visita e entrevista com gestores do Hran, verificou-se que foram efetivamente instaladas 20 câmeras no local. Contudo, pela falta de estrutura, as câmeras nunca entraram em funcionamento”.

A Corte informou que o Relatório Final de Auditoria deste processo já foi concluído e deverá ser apreciado pelo Plenário do TCDF em breve.

Caso Pedrinho

Em 1986, outro caso despertou a atenção da população. Pedro Júnio Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho, foi sequestrado no Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, e levado para Goiânia, onde viveu 16 anos. Em 2002, ele foi encontrado pelos pais biológicos.

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