Imagine que o ministro Alexandre de Moraes estivesse navegando pelo X (antigo Twitter) numa tarde qualquer, talvez tomando um café, quando se depara com mais uma mensagem provocativa do bilionário Elon Musk. A situação já vinha se arrastando por meses, com Musk jogando farpas e desafiando as ordens do STF. Em um momento de pura inspiração — e um pouco de impaciência — Moraes resolve que chegou a hora de dar um basta. “Não vou perder mais tempo com isso”, pensa ele.
Ele se prepara para realizar o bloqueio que faria inveja a qualquer um no WhatsApp. É aquele movimento clássico, quando você decide que não quer mais receber notificações irritantes de alguém, mas, nesse caso, com o poder de um ministro do STF. Com alguns cliques, Moraes ameaça o inimaginável: suspender o X no Brasil, a rede social do próprio Musk. Tudo isso porque Musk, com sua usual teimosia, não havia indicado um representante legal da empresa no país.
A resposta de Musk, claro, veio rápida e cheia de retórica inflamada, falando de censura e liberdade, quase como se estivesse num episódio de uma série distópica. Mas Moraes, imperturbável, só deu aquele sorrisinho de canto de boca, o mesmo que você dá quando finalmente bloqueia aquele contato insistente. Só que, nesse caso, o “bloqueio” poderia derrubar a rede social inteira no Brasil! “Ou você arruma um representante legal, ou adeus, X”, pensou ele, sem hesitar.
No final, é como se Moraes tivesse apertado o botão de “bloquear” no X, mas em uma escala bem maior, lembrando a todos que, no Brasil, nem mesmo o homem mais rico do mundo pode desafiar as regras sem consequências. Um movimento que faria qualquer um pensar duas vezes antes de ignorar uma notificação importante.