Por Amanda Karolyne e Gabriel Resende*
Um lobo-guará foi avistado novamente na madrugada deste domingo (9), mais precisamente na Qi 15 do Lago Sul. Ele tem sido visto nas redondezas nos últimos dias, preocupando os moradores da região.
Segundo a Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal, diariamente a corporação tem atendido chamados da população através do número 190 para o resgate desse animal silvestre. No último sábado, ele foi localizado, mas se deslocou para a mata assim que foi avistado pela equipe de militares.
De acordo com informações da Polícia Ambiental, um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) estava rondando nas proximidades da Escola Everest mas saiu de cena com muita rapidez.
O lobo-guará é um animal típico do Cerrado, que pode ultrapassar 100 km², o que torna comum sua locomoção por diferentes regiões, incluindo áreas urbanizadas próximas a seu habitat natural. Com hábitos noturnos, à noite o lobo-guará costuma sair para caçar.
Ainda segundo a corporação, esse animal que está rondando o Lago Sul provavelmente pertence à população que habita a região do Jardim Botânico, e seu deslocamento até a região é um comportamento esperado. Isso porque a espécie costuma percorrer grandes distâncias em busca de alimento e abrigo.
Nesse último fim de semana, alguns moradores do Lago Sul que avistaram o lobo-guará, tiveram dificuldade de entrar em contato com a corporação. Mas como foi apontado pela sargento Echamende várias pessoas estão ligando e praticamente todos os dias uma equipe é enviada para a área em questão. Ela desconhece essa informação de que as pessoas não estão conseguindo fazer denúncia através do 190. “Estamos atendendo todos os acionamentos em relação a esse lobo-guará, inclusive chamados desse final de semana. Na noite deste último sábado foi a primeira vez que a corporação deu de cara com ele”, frisou. Entretanto, como se trata de um animal muito rápido, ela salientou que só vai ser possível o capturar, caso ele esteja encurralado em algum lugar.
Não foi a primeira vez que o maior canídeo da América do Sul foi avistado por moradores correndo nas áreas urbanas. Ao longo do mês de fevereiro ele foi visto em lugares como a QI 12, QI 15 e QI 19 do Lago Sul, atrás da Escola Americana de Brasília, além de um estacionamento de uma escola particular. Ele também foi observado enquanto “passeava” próximo as embaixadas da Croácia, Gabão, Benin, Jordânia e Chipre.
Mas Echamende reforça que ele não representa um perigo para a população. Segundo a Polícia Ambiental, esse animal não é agressivo e só atacaria alguém caso ele se sentisse ameaçado. “Orientamos a população a não tentar capturá-lo, alimentá-lo ou se aproximar. Caso avistem o animal em situação de risco ou em área de grande movimentação, pedimos que entrem em contato com a Polícia Militar Ambiental pelo telefone 190”, reforçou o órgão em nota.
Caso seja necessário o resgate do animal, a Polícia Ambiental reforça que ele será avaliado por profissionais capacitados e, se necessário, realocado para a área do Jardim Botânico, garantindo sua segurança e bem-estar.
