Jéssica Antunes
jessica.antunes@grupojbr.com
O vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) foi vítima do golpe do brechó de luxo online. Fabio de Carvalho tentou comprar duas bolsas de marca e, após efetuar o pagamento, a vendedora sumiu, deixando um prejuízo de R$ 1,9 mil. Na manhã desta sexta-feira, a suspeita, Karine de Oliveira Simino, de 23 anos, foi presa preventivamente por estelionato e pode ter enganado centenas de pessoas pelo País.
O golpe contra Fábio foi aplicado em meados de 2017. “Ela estava anunciando como coisas usadas. Pedi para a pessoa mandar uma foto do momento, e ela mandou. Acabei efetuando a compra, fiz a ordem, transferi e esperei. Nunca chegou e ela desapareceu”, lembra. Foi reclamando na página que ele descobriu o crime: outras vítimas o informaram da má-fé. Na época, ele registrou o boletim de ocorrência e foi avisado de que a suspeita já era conhecida.
Leia mais: Desapego era golpe: produtos vendidos na web não existiam
Segundo o delegado Hudson Maldonado, chefe da 13ª Delegacia de Polícia, em Sobradinho, que prendeu a mulher, Karine aparece em outros sete inquéritos no DF e em mais quatro ocorrências em apuração. No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), ainda tramitam três processos de estelionato.
Suspeita mantinha diversos perfis nas redes sociais. Foto: Reprodução/PCDF
Fábio afirma que não chegou a desconfiar durante a negociação. “É malandra velha. Sabe tudo de malandragem”, diz a vítima. Para ele, serviu de lição: “É preciso desconfiar quando vê algo muito barato, mesmo sendo comum vender coisas usadas. São geralmente produtos que já passou a moda, mas ainda novos”. O empresário lamenta o uso do e-commerce para golpes e comemora a prisão da mulher, que deixará, ao menos por enquanto, de fazer novas vítimas.
