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Brasília

Túnel começa a tomar forma e terá via de 1,2 km em concreto

Maior obra viária em execução no país já tem paredes e teto; mais de mil homens estão envolvidos nos serviços

Redação Jornal de Brasília

15/02/2022 16h25

Serviços demandam a colocação de 8 mil toneladas de aço e 90 mil metros cúbicos de concreto. Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Ao atravessar o portão do canteiro de obras no centro de Taguatinga, se descobre a construção do Túnel que é a maior intervenção viária em execução no país. A obra já tem cara e forma e conta com duas passagens subterrâneas que darão fluidez ao trânsito de acesso a Ceilândia e outras regiões administrativas, parte das paredes laterais já está erguida, assim como o teto.

Além de transformadora, a obra de arte de 1,2 km de extensão, que vai mudar a vida de quem mora e transita de carro por Taguatinga, carrega consigo números grandiosos. Por lá estão sendo aplicados 8 mil toneladas de aço e 90 mil metros cúbicos de concreto – o equivalente a 12 mil caminhões truck cheios dessa massa de cimento, pedras e areia. “Com mais de 60% concluídos, seguiremos, após a escavação, com a ventilação e a iluminação do túnel”, adianta um dos fiscais da Secretaria de Obras, o engenheiro civil Bruno Almeida.

Para dar agilidade à construção, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Obras, construiu uma usina de concretagem em uma área do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a cerca de 100 metros do canteiro de obras.

O que já está pronto

O trabalho segue o cronograma planejado. No lado sul do túnel, sentido Ceilândia-Plano Piloto, já foram construídos, somente até o dia 7 deste mês, 233,21 metros da laje de fundo, ou piso propriamente dito. Em vez de asfalto, a estrutura terá 90 centímetros de concreto. Também nesse setor, 14 dos 16 módulos da laje de cobertura já estão concretados.

No sentido Plano Piloto-Ceilândia, o lado norte, que começou a ser erguido em dezembro do ano passado, já tem 78 metros de laje de fundo. Os dois lados estão em processo de escavação invertida – quando a terra é escavada e retirada para abrir espaço de passagem do túnel. “Um estudo de viabilidade validou a metodologia por interferir menos no trânsito e causar impactos menores à vizinhança”, explica o engenheiro Antônio Carlos Ribeiro Silva, que também atua como fiscal da Secretaria de Obras.

Orgulho do projeto

Quem põe a mão na massa e trabalha diretamente na construção do Túnel de Taguatinga sente orgulho de fazer parte do projeto que transformará o trânsito da cidade. Francismar Mesquita, 48 anos, é o encarregado de obras e tem 30 anos de experiência com escavação e detonação de explosivos. A metodologia de escavação é encarada com afinco e prazer. “É um aprendizado e um desafio diário para que tudo seja feito da forma mais eficiente, e eu me sinto orgulhoso por colaborar com isso”, afirma.

O greidista (responsável pelo cálculo de material a ser usado) Gilberto Gomes, 48 anos, é o responsável pelo nivelamento do piso do túnel por onde vão passar mais de 130 mil carros por dia. Ele diz buscar a perfeição na execução do trabalho, pois qualquer falha pode gerar acidentes e desconforto aos motoristas. “Me sinto feliz em estar aqui e, no futuro, poder dizer aos meus filhos e netos: ‘o papai e vovô ajudou a construir isso aqui’”, conta.

Por: Hédio Ferreira Júnior, da Agência Brasília

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