Brenda Abreu
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu em flagrante três homens acusados de furto mediante fraude em agências bancárias e associação criminosa. Um desses, preso na segunda- feira (4), clonou a conta de um cliente e conseguiu fazer uma transação irregular no valor de R$ 12 mil. Outros dois homens, que agiam juntos, foram pegos nesta quarta (6), após furtarem de um cliente R$ 29 mil. O banco suspeitou das movimentações financeiras e acionou a polícia, que investiga os crimes e verifica ainda, se estão interligados.
O correntista Elton John Silva Lopes, 35 anos, teria recebido por depósito, feito por uma pessoa não identificada, o valor de R$12 mil. Em seguida, ele fez saques em diferentes valores, dois de R$ 5 mil e um de R$2 mil. “Ele falou que foi procurado por uma pessoa, para que emprestasse a conta, e que com isso, receberia R$ 500”, conta o delegado do caso, Wisllei Salomão. Elton foi preso em flagrante pela PCDF na segunda (4), em uma agência bancária em Ceilândia.
Outro caso semelhante aconteceu nesta quarta-feira (7), em agência bancária de Taguatinga. Segundo a investigação da Polícia, Gilvanilson Santos Barros, 28 anos, correntista no banco, e Mauro Júnior Marques Feitosa, de 29 anos, responsável por conseguir a conta de um cliente do banco, faziam esquema para ganhar uma porcentagem em cima do dinheiro que seria roubado. Os criminosos clonaram uma conta e conseguiram fazer transação fraudulenta no valor de R$ 29 mil. Cartões de crédito, dois aparelhos celulares e R$ 130 foram apreendidos pelos policiais.
Dupla é presa acusada de golpe em agência bancária no DF. Foto: Reprodução/PCDF
O delegado do caso explica que o dono da conta bancária receberia 10% do dinheiro roubado, o atravessador, que é a pessoa responsável por encontrar um correntista, ficaria com 20%, e os outros 70%, seria depositado em uma conta de São Paulo. “Os clientes do banco não perceberam que os valores tinham sido subtraídos. As denúncias foram feitas pela área de segurança do próprio banco”, destaca Wisllei.
Investigação
A Polícia Civil acredita que os bandidos tiveram acesso aos dados bancários dos clientes através de dispositivos em computadores, como vírus, pois as transferência foram feitas por meio eletrônico. “Por isso as pessoas precisam ficar mais atentas, estarem com o antivírus e sistema operacional sempre atualizados, além de não abrirem e-mails suspeitos”, alerta o delegado.
Está sendo investigado se os dois crimes estão interligados, visto a semelhança do modo de atuação e a fraude ter acontecido no mesmo banco, mas em agências diferentes. Elton John, responsável pelos saques na agência de Ceilândia, pode pegar de dois a 8 anos de prisão pelo crime de furto mediante fraude. Já a dupla, pode ter pena pelo mesmo crime e também por associação criminosa.
