Menu
Brasília

Tragédia anunciada: invasão ameaça segurança da população

Invasão no Setor de Inflamáveis cresce a cada dia e pode ser o estopim de uma tragédia sem precedentes no DF

Redação Jornal de Brasília

27/09/2021 5h43

Elisa Costa
[email protected]

A invasão chamada de Rota de Fuga, próxima ao Setor de Inflamáveis (Sin) e do Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA), continua a ter construções irregulares em expansão. Em ronda da reportagem no local, foram observadas novas ocupações, com anúncios de venda de lotes. No final de 2019, o GDF começou a desocupação do local, com a retirada de 57 edificações de madeira, mas desde então, não houveram outras operações de derrubada.

As construções ficam próximas a uma rua usada como rota de emergência para pessoas que trabalham no Setor de Inflamáveis, e segundo o DF Legal (Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística), isso coloca em risco a vida de quem mora e trabalha na região, devido ao risco constante relacionado ao transporte, movimentação, manuseio e armazenagem de cargas inflamáveis.

A invasão próxima ao Setor de Inflamáveis começou a receber construções em 1997. A última estimativa da plataforma Geoportal apontou que 450 mil metros quadrados estão ocupados ilegalmente, com cerca de 900 edificações. As construções estão em um local com linha férrea e de proteção ambiental, onde é proibido haver residências. Segundo o levantamento da administração do SIA, a ocupação conta com cerca de 5 mil famílias e tem recebido mais construções nos últimos meses. Em apuração da reportagem, os lotes são vendidos com a promessa de regularização do local, porém não há qualquer previsão para tal.

O dono de um lote irregular que está à venda no local, afirmou que os preços variam entre R$100 mil e R$200 mil reais e que muitas pessoas procuram os lotes exatamente pelo preço baixo. A invasão também não conta o policiamento constante e sem a presença do Estado e invasão cresce a cada dia.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado