Quase um ano depois de ter sido condenado em primeira instância, o advogado e ex-juiz Roberto Caldas foi inocentado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) das acusações de violência doméstica e familiar contra sua ex-mulher, Michella Marys.
A decisão veio após o jornal O Globo mostrar que a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) indiciou Marys e outras duas mulheres por suposta falsa denúncia de assédio sexual contra Caldas. “A Turma entendeu que não existe prova da existência das vias de fato e da ameaça e que não ocorreu atentativa de constrangimento ilegal”, escreveu.
Segundo Michella, as agressões ocorreram em 2017, quando Caldas a teria supostamente derrubado da escada de casa, além de diversas outras agressões e ameaças. Em 2018, poucos meses após o casal ter iniciado o processo de separação, Marys afirmou que as agressões e humilhações ocorreram durante os 13 anos de relacionamento.
Foi nesse período que Caldas, que era juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, se afastou do cargo e do escritório de advocacia.
Em nota, Caldas comemora e agradece a turma. “Roberto Caldas comemora a realização da Justiça. Após três anos das falsas acusações que foram feitas para destruir sua reputação, finalmente a verdade aparece. Os irreparáveis votos do Desembargador JJ Costa Carvalho, presidente da turma e do TRE/DF, e do Desembargador Humberto Ulhôa, vice-presidente do TRE/DF, venceram o voto do juiz de 1.º grau convocado e absolveram o Dr. Roberto.”
PCDF
Segundo O Globo, o ex-juiz teria apresentado à polícia diversos áudios que comprovavam a armação da ex-esposa. Em um deles, uma ligação supostamente recebida por uma das mulheres que ajudaram Michella, Giselle, ela fala que foi usada e que a intenção de Marys era enfraquecê-lo em relação ao caso de agressão.
“Nós usamos usados, tanto eu e a Nalvina, fomos usados. Isso aí é tudo para favorecer o processo da Michella”, disse em uma das conversas. “Nós somos uma peça desse xadrez”.
