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Brasília

Sindepo-DF se pronuncia sobre morte de policiais e convoca assembleia

Além disso, a instituição convocou uma assembleia para debater a respeito da recusa, por parte de servidores não imunizados, a participarem de operações e serviços de combate à pandemia

Redação Jornal de Brasília

12/04/2021 17h33

Foto: Reprodução

O Sindicato de Delegados de Polícia (Sindepo-DF) emitiu uma nota nesta segunda-feira (12) de pronunciamento quanto aos falecimentos de dois servidores da PCDF, em decorrência da Covid-19. Além disso, a instituição convocou uma assembleia para debater a respeito da recusa, por parte de servidores não imunizados, a participarem de operações e serviços de combate à pandemia.

Confira a nota abaixo:

“Vimos, por meio desta, manifestar o nosso pesar pela morte neste domingo dos servidores policiais civis Carlos Antônio de Oliveira e Everton Gonçalves dos Reis, pelo que rendemos nossas mais sinceras homenagens e condolências aos familiares.

Essas mortes fazem parte de uma tragédia anunciada pela falta de eficiência de grande parte das autoridades brasileiras no combate à pandemia de COVID19, que é, sem dúvida, a maior tragédia humanitária dos últimos séculos.
O delicado cenário vivido exige das nossas autoridades o devido cuidado no seu trato, especialmente em relação àqueles que estão envolvidos diretamente no combate à pandemia, como os policiais civis.

Nesse diapasão, é inegável o envolvimento dos servidores da segurança pública nesse combate, visto que mantiveram esse serviço essencial funcionando para garantir a ordem e o cumprimento das normas de controle epidemiológico durante a pandemia. A polícia civil tem promovido as operações Toque de Recolher e Lockdown, que visam o cumprimento das medidas de distanciamento social, e outras de combate a crimes decorrentes da pandemia como falsificação de álcool em gel, desvio de equipamentos respiradores e de recursos da saúde pública, etc.

Por tais circunstâncias de trabalho e exposição, nossos servidores estão sujeitos a um índice de contaminação 3 vezes maior que um cidadão comum.

Todavia, o reconhecimento desse envolvimento com a linha de frente no combate a pandemia tem se prestado única e exclusivamente para cobrar de nossos servidores o trabalho presencial, nas ruas e delegacias, visto que não serviram à sensibilização das autoridades da saúde para que priorizem a nossa imunização.

Até a presente data foram destinadas à nossa força apenas 350 doses de imunizante e foi assumido o compromisso de fornecer as doses remanescentes (sobras) aos nossos servidores, juntamente com os demais integrantes da segurança.

Entretanto, até a presente data a Secretaria de Saúde, malgrado os compromissos verbais assumidos, não estabeleceu os critérios de fornecimento das sobras aos servidores da segurança, como proposto pela Secretaria de Segurança, levando nossos servidores a serem humilhantemente desprestigiados nos postos de saúde.

Não bastasse a humilhação de ter que depender das sobras de vacinas para sermos imunizados, sendo preteridos por presos ou qualquer cidadão com formação em área de saúde, ainda que não exerça essa profissão, como nutricionistas, psicólogos, professores de educação física, etc., nem mesmo em relação a essas sobras estamos recebendo um tratamento digno.

Ressaltamos que Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul já estão concluindo a vacinação dos policiais civis, demonstrando respeito à vida desses profissionais que vêm se sacrificando durante a pandemia, enquanto o Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde do DF vêm agindo com o mais absoluto descaso.

Por todo o exposto, considerando a absoluta falta de bom senso do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do DF informamos que vamos convocar Assembleia Geral, para o próximo dia 15/04/21, para discutir a recusa, por parte de servidores não imunizados, a participarem de operações e serviços de combate à pandemia.

A Diretoria”

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