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Brasília

“São estudos promissores”, diz médico sobre uso de hidroxicloroquina para tratamento de coronavírus

“Ainda não é comprovadamente eficaz mas os estudos mostraram uma possível efetividade na melhora clínica, na carga viral e na prevenção da progressão”, diz

Aline Rocha

20/03/2020 18h28

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nessa quinta-feira (19), que a hidroxicloroquina seria aprovada pelo governo americano para tratar o coronavírus e acabou gerando repercussão mundial. 

No Brasil, há relatos de que pacientes que realmente precisam do remédio, não conseguem encontrá-lo nas drogarias. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde não recomendam o uso da hidroxicloroquina contra o coronavírus. De acordo com os órgãos, os estudos até agora são muito preliminares, feitos com poucas pessoas e não há evidências científicas suficientes para justificar a inclusão do remédio no protocolo clínico.

O médico reumatologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Responsável Técnico Distrital (RTD) e professor do curso de medicina da ESCS, Rodrigo Aires, explicou ao Jornal de Brasília que “o efeito imunossupressor é leve mas não é isento de reações adversas como toda medicação”.

Veja a explicação na íntegra: 

“Ainda não é comprovadamente eficaz mas os estudos mostraram uma possível efetividade na melhora clínica, na carga viral e na prevenção da progressão o que pode conferir uma certa proteção quanto ao uso porém não há dados da infecção em pacientes com Doenças reumáticas usando ou não a cloroquina.

São estudos promissores mas ainda iniciais com publicações e aprovação muito rápidas devido a urgência da Pandemia. Com dados de novas publicações vamos avaliar melhor esse possível efeito.

Está sendo usado para alguns pacientes mais graves o que é a minoria onde o risco-benefício é pesado caso a caso. Assim você não tem garantia de imunidade mesmo se em uso dessa medicação e deve tomar as mesmas precauções contra a epidemia.”

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