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Referências no horário noturno, UBSs de Águas Claras, Ceilândia e Paranoá registraram 90 mil atendimentos em três anos

Três unidades são as mais procuradas pela população entre as 11 que funcionam de 7h às 22h, de segunda a sexta-feira;

Redação Jornal de Brasília

09/12/2025 21h03

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O relatório, feito com dados do Sistema InfoSaúde, mostra que os três equipamentos registraram, juntos, 89.474 atendimentos de janeiro de 2022 a outubro deste ano | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília

De acordo com levantamento da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), as UBSs 1 de Águas Claras, 7 de Ceilândia e 1 do Paranoá estão entre as mais procuradas pela população no período noturno. Com base em dados do Sistema InfoSaúde, o relatório aponta que, juntas, as três unidades somaram 89.474 atendimentos entre janeiro de 2022 e outubro deste ano, todas acima da média geral para o horário, que é de 12,99%.

A UBS 7 de Ceilândia ocupa o primeiro lugar no ranking: os atendimentos noturnos equivalem a 24,55% do total — quase o dobro do índice geral. A unidade com melhor desempenho promoveu 155.268 assistências no período analisado, dos quais 38.114 ocorreram de 18h às 22h. Com isso, segundo o relatório da SES-DF, é possível afirmar que aproximadamente um em cada quatro atendimentos é feito à noite.

Em seguida, destaque para a UBS 1 de Águas Claras. Na unidade, foram ofertados 130.625 atendimentos no período analisado, dos quais 24.100 foram realizados no horário noturno, equivalente a 18,45% do total. Já a UBS 1 do Paranoá registrou 168.307 acolhimentos, sendo 27.260 à noite, referente a 16,20% do total. Atualmente, a rede pública conta com 11 UBSs que funcionam de segunda à sexta-feira das 7h às 22h.

Impacto

Responsável pela UBS 1 de Águas Claras, a enfermeira de Saúde da Família, Greice Daiane Fredes, explica que são atendidos cidadãos com problemas agudos. “De 18h às 22h, fazemos o acolhimento da demanda espontânea, como febre, sintomas gripais, diarreia, náuseas, vômitos. São casos de menor complexidade que evitam que a pessoa precise procurar uma UPA”, afirma.

Segundo a especialista, quadros agudos são queixas recentes, que surgiram há dois ou três dias, enquanto os crônicos são sintomas que duram mais de 10 a 15 dias. “Estes precisam de investigação com a equipe de referência. Se constatamos que não há risco imediato, fazemos o encaminhamento responsável para a UBS de origem, com tudo orientado por escrito”, explica. Qualquer pessoa com um quadro agudo pode ser acolhida em qualquer UBS, mesmo que não seja a unidade de referência dela.

“Ter essa porta aberta desafoga outras unidades e oferece um atendimento mais próximo da casa do paciente”, explica Greice Fredes, responsável pela UBS 1 de Águas Claras

Com isso, o horário estendido significa bem-estar e comodidade para quem, por qualquer motivo, não pode se consultar durante o dia. “Ter essa porta aberta desafoga outras unidades e oferece um atendimento mais próximo da casa do paciente. E, como conhecemos muitos deles, conseguimos perceber quando algo se repete e orientar uma investigação mais aprofundada”, comenta Greice.

Caso o quadro não possa ser solucionado totalmente na unidade, a equipe faz o encaminhamento responsável à uma unidade de pronto atendimento (UPA) ou a um hospital regional. “Na maioria das vezes, o paciente já sai daqui com a medicação em mãos e com todas as orientações de sinais de gravidade para buscar outra unidade, se necessário. Quando não conseguimos resolver por aqui, ele chega no outro local com um relatório explicando os sintomas e a justificativa do envio”, esclarece a enfermeira.

Facilidade

A ampliação do horário das UBSs beneficia, principalmente, quem trabalha em horário comercial e não consegue ir às unidades durante o dia. O enfermeiro Gustavo Soares, 23 anos, faz parte desse público que já recorreu à UBS 1 de Águas Claras diversas vezes após às 18h. “Todo mundo da família é atendido aqui. Hoje mesmo a gente veio para pegar medicamentos para minha irmã, que descobriu problemas cardíacos recentemente. Se não estivesse aberto, teríamos que comprar esses remédios, que são bem caros”, conta.

“Todo mundo da família é atendido aqui. Hoje mesmo a gente veio para pegar medicamentos para minha irmã, que descobriu problemas cardíacos recentemente”, conta o enfermeiro Gustavo Soares

A estudante Isabelle Moura também costuma procurar o equipamento público durante à noite, depois de ser liberada do trabalho e faculdade. Na última visita, ela teve um retorno com o médico sobre uma questão dermatológica. “Esse horário é muito bom porque diminui a quantidade de pessoas dentro das UPAs, já que não são questões emergenciais. Quem está com uma dor de garganta, com febre, nauseada, consegue ser atendido com mais tranquilidade, em um lugar mais próximo de casa”, comenta.

Fique de olho

Informações sobre horários e o endereço das UBSs podem ser verificados no site da Secretaria de Saúde do DF

Para encontrar sua unidade de referência, definida pelo endereço de moradia, clique aqui

Com informações da Agência Brasília

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