A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou, nesta terça-feira (05), que, após 44 anos, a capital registrou seu segundo caso de raiva humana.
Ainda de acordo com a pasta, o paciente é um adolescente de 15 a 19 anos e está em estado grave. Ele teria sido arranhado por um animal não informado no último dia 15 e, uma semana depois, os sintomas se iniciaram.
A informação foi divulgada pela Subsecretaria de Vigilância à Saúde, em apresentação sobre a situação epidemiológica e ambiental da doença no DF, além das ações preventivas e de reforço que estão sendo desenvolvidas.
Segundo a médica infectologista Ana Helena Germoglio, a raiva é uma doença infecciosa aguda. “Ela é invariavelmente fatal, com pouquíssimos casos no mundo que sobreviveram a essa doença”, explica a especialista.
No DF, o único caso de raiva humana foi registrado em 1978. O último em cães foi em 2000 e em gatos em 2001. No geral, o vírus rábico circula em quirópteros, bovinos, equídeos e outros animais.
O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada.
Ainda de acordo com Germoglio, o período de encubação é variável. “Os sintomas são mal-estar, febre baixa, dor de cabeça, enjoo, sensibilidade no local de contato e alteração de comportamento”, continua a médica.
A especialista ainda alerta para a vacinação, que é a melhor maneira de prevenção, tanto dos animais domésticos, quanto dos humanos.
Vacina
Com o registro do caso, a pasta decidiu antecipar a aplicação da vacina antirrábica para esta quarta-feira (06).