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Brasília

Quase 1,3 mil acidentes com animais peçonhentos no DF

Do total de ocorrências, grande parte envolve escorpiões, com 967 casos

Redação Jornal de Brasília

20/07/2021 12h52

Foto: Reprodução

De janeiro a julho desta ano já foram notificados 1.280 acidentes com animais peçonhentos, sendo a maior parte deles envolvendo escorpiões. No mesmo período do ano passado, foram registradas 1.235 ocorrências do tipo. Os dados são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde (SES). As informações são da Agência Brasília.

As autoridades de saúde recomendam que as vítimas procurem imediatamente o pronto-socorro mais próximo, em casos de ataque de animais peçonhentos. A rede pública está prepara para atender casos assim.

Do total de ocorrências, grande parte envolve escorpiões, com 967 casos. A seguir vêm as serpentes, com 105 casos registrados. Na terceira posição aparecem os acidentes com abelhas: 5 casos. No mesmo período do ano passado, foram notificados 1.235 acidentes, sendo 871 casos com escorpiões, 91 com serpentes e 63 com abelhas.

O biólogo Israel Martins, da Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), orienta: “Ao identificar esses animais [em casa], é necessário ligar para o telefone 2017-1344. Os agentes vão se dirigir ao local para fazer a remoção”. Ele alerta para o possível aumento de incidência de escorpiões quando voltarem as chuvas. “No período chuvoso, esses animais entram mais na casa das pessoas porque as galerias de águas pluviais ficam mais cheias e os escorpiões saem em busca de um lugar mais seguro”, explica. Aranhas, lembra ele, também requerem atenção, pois, quando desabrigadas durante as chuvas, procuram ambientes fechados.

Alguns cuidados fundamentais, enumera o biólogo, são:

  • Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
  • Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
  • Colocar telas nas aberturas dos ralos, pias ou tanques;
  • Fechar com tela aberturas de ventilação de porões e vedar assoalhos tapados;
  • Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados;
  • Manter limpos quintais e jardins.

“O contato com os escorpiões pode ser aumentado por conta das condições ambientais e das moradias humanas, por isso é importante ter certos cuidados, como eliminar fontes de alimentos para os escorpiões baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados”, acrescenta Israel Martins. “Além disso, devem-se evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões.”

Emergência

Caso a pessoa seja picada por escorpião, aranha, lagarta e lacraia, deve entra em contato com a Vigilância Ambiental, pelos telefones 160 e (61) 2017-1344 ou pelo e-mail [email protected] para agendamento da inspeção. Após o agendamento, uma equipe é enviada à residência do cidadão, que faz a coleta dos animais existentes, efetuando busca em caixas de esgoto, entulhos e outros locais. “Verificamos as condições que existem na casa ou apartamento que favorecem a entrada desses animais ou abrigo deles”, detalha o biólogo.

Nas ocorrências com abelhas, é o Corpo de Bombeiros quem deve ser acionado, pelo telefone 193; e, no caso de serpentes, o Batalhão de Polícia Ambiental (190).

A Secretaria de Saúde (SES) conta ainda com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) do Samu, referência no atendimento aos pacientes picados, que funciona 24 horas por dia. O Ciatox possui equipe multidisciplinar de médicos, enfermeiros e farmacêuticos que prestam orientação à população. Em caso de ocorrência, ligue para 0800-644-6774.

A notificação dos casos é importante para a fabricação e manutenção de soros contra os diferentes venenos. Como os dados são incluídos no sistema do Ministério da Saúde e da SES, a atualização facilita a reposição ao longo do ano nas unidades de saúde.

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