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Brasília

Projeto Vozes da Paz é finalista no prêmio do CNJ de responsabilidade social e promoção da dignidade

Foi idealizado em 2012 e tem como principal objetivo promover ações voltadas para a cultura de paz por meio de ferramentas de diálogo

Redação Jornal de Brasília

14/03/2024 14h43

Foto: Divulgação

O Projeto Vozes da Paz, coordenado pelas Juízas Caroline Lima e Gláucia Foley, irá receber, no próximo dia 9 de abril, de forma virtual, o Prêmio de Responsabilidade Social do Poder Judiciário e Promoção da Dignidade, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Criado pela Resolução CNJ n. 513/2023, o Prêmio visa prestigiar e incentivar ações, projetos e programas que englobem compromissos éticos assumidos pelas unidades judiciárias, pessoas físicas e entidades do Poder Judiciário.

Destina-se a premiar pessoas físicas ou jurídicas que tenham se destacado na promoção, defesa e garantia dos valores sociais e realização de ações de responsabilidade social do Poder Judiciário, bem como da promoção da dignidade da pessoa, notadamente no enfrentamento do tráfico de pessoas, na promoção da inclusão social e combate a todas as formas de discriminação e à promoção do trabalho decente e em ambiente sadio nas esferas pública e privada, nos termos da legislação brasileira.

Assim, o Vozes da Paz, projeto integrante do Programa Justiça Comunitária (PJC), que desenvolve ações de mediação comunitária e facilitação de processos circulares nas escolas da rede pública do DF desde 2013, foi um dos projetos selecionados para receber a premiação do CNJ.

A Juíza coordenadora do projeto, Gláucia Foley, explica que “o Vozes da Paz, como parte integrante do Programa Justiça Comunitária, tem por objetivo o enfrentamento da violência escolar, adotando metodologias participativas e dialógicas, pelas quais as identidades e necessidades de todos os integrantes do contexto escolar são reconhecidas e respeitadas. Sob esse formato radicalmente democrático, a disciplina, que é essencial em qualquer processo educativo, não resulta da ordem imposta e do medo da punição, mas da corresponsabilidade construída em um espaço seguro para a prática da autonomia, da dignidade e do respeito. E é natural que, nesse processo, os índices de violência diminuam porque as vozes, antes silenciadas, não precisam mais gritar para serem ouvidas”.

Para a Juíza Caroline Lima, também coordenadora do projeto, “conhecer e participar do Vozes da Paz é motivo de grande alegria, pois permite acreditar ainda mais no diálogo e na escuta como forma de conhecer melhor e pensar em soluções para problemas estruturais de nossa sociedade, e que também estão presentes no ambiente escolar”. A magistrada espera que outros estados inspirem-se no Vozes da Paz, fomentando a democracia em todas as escolas.

Vozes da Paz

Foi idealizado em 2012 e tem como principal objetivo promover ações voltadas para a cultura de paz por meio de ferramentas de diálogo e gestão democrática dos conflitos. O Projeto realiza atividades que buscam envolver todos os segmentos do universo escolar, alunos, professores, diretores, funcionários e pais de alunos, para que, juntos, encontrem alternativas para solucionar os conflitos ou para tomar decisões em consenso sobre questões que emergem na comunidade, bem como no interior ou arredores do estabelecimento educacional.

O projeto Vozes da Paz acredita que é possível multiplicar vozes pela cultura da paz na comunidade escolar e além dela, trabalhando para que os alunos possam descobrir a diversidade de alternativas que existem para a resolução de seus conflitos por meio do diálogo, do respeito e da cooperação.

Para conhecer mais sobre o Vozes da Paz, acesse o livro “Vozes da Paz: uma experiência de mediação comunitária nas escolas”.

Programa Justiça Comunitária

O Programa Justiça Comunitária (PJC) do TJDFT é coordenado pelas Juízas Gláucia Foley e Caroline Lima e tem mais de 22 anos de atuação. Criado em 2000 como uma iniciativa pioneira do TJDFT, o PJC contribui para a democratização do acesso à Justiça, por meio de métodos alternativos de solução de conflitos e de estratégias de emancipação comunitária.

Em 2005, o PJC foi o vencedor da 2ª edição do Prêmio Innovare, na categoria Tribunal de Justiça, e desde então tem sido apontado como referência nacional pelo Ministério da Justiça. Atualmente, o programa atua em três regiões administrativas do DF: Ceilândia, Taguatinga e Samambaia.

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