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Brasília

Projeto une estudantes do Ensino Fundamental de escola pública aos de escola privada

Sob supervisão dos professores, alunos do Galois darão aulas e monitorias em matemática e português para alunos do CEF 102 norte

Redação Jornal de Brasília

17/05/2022 19h28

O impacto negativo causado pela pandemia de Covid-19 na educação vem cobrando seu preço, notadamente aos alunos das escolas públicas no Brasil. A baixa efetividade do sistema EAD na educação pública, somada aos dias letivos perdidos e a falta de infraestrutura, acarretou a defasagem do aprendizado entre alunos das redes pública e privada no Brasil.

Esse foi o ponto de partida para que o Colégio Galois lançasse nesta terça-feira, 17/05, o Projeto Galois Athenas, por meio do qual serão oferecidas aulas de reforço gratuitas nas matérias português e matemática a estudantes da Rede Pública de Ensino do DF. 

Nesse primeiro momento, serão beneficiados cerca de 40 alunos do 9º ano do Centro de Ensino Fundamental da 102 norte.  As aulas, das disciplinas português e matemática, serão realizadas quinzenalmente no Galois às terças-feiras, das 14h às 16h00, e ministradas por alunos da 2ª e 3ª série do colégio. Além da parte teórica, haverá também uma monitoria com exercícios dirigidos.

“Estamos muito felizes e honrados por participarmos desse projeto, que mostra uma das formas como a sociedade civil e a rede privada podem ajudar os alunos da rede pública a alcançar seus objetivos. Tenho certeza que ele vai causar um impacto não só na vida dos estudantes do Centro Educacional 102, mas também nos alunos do Galois. Quando a gente contribui para o desenvolvimento das pessoas, estamos contribuindo para melhorar o mundo e formar cidadãos melhores”, avaliou Viviane Lima, diretora do CEF 102 norte.  “O Projeto Galois Athenas além de ter um propósito maravilhoso, valoriza o voluntariado e vai ao encontro do Projeto de Vida, proposta esta que faz parte do novo Ensino Médio. Demos apoio total a ela”, afirmou Dulcineia Marques, diretora do Colégio Galois.

De acordo com dados da pesquisa “Resposta educacional à pandemia de COVID-19 no Brasil”, realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que contempla toda a educação básica, 98,4% das escolas federais, 97,5% das municipais e 85,9% das estaduais foram fechadas no ano de 2020. Ainda segundo o Inep, o Brasil registrou uma média de 279 dias de suspensão de atividades presenciais durante o ano letivo de 2020, causando consequências sérias.

Outro dado importante foi o divulgado pelo estudo Perda de Aprendizagem na Pandemia, uma parceria entre o Insper e o Instituto Unibanco que, no ensino remoto, os estudantes aprenderam, em média, apenas 17% do conteúdo de matemática e 38% do de língua portuguesa, em comparação com o que ocorreria nas aulas presenciais.

“Além de cooperar para diminuir a defasagem do ensino para os jovens da rede pública do DF, o Projeto Galois Athenas ainda vai estimular os nossos alunos envolvidos com a iniciativa a se comprometer e se alinhar a um método ativo de aprendizagem e educação, de acordo com os fundamentos da nova BNCC”, ressalta Fausto Camelo, coordenador do projeto no Galois.

Aluna do 3º ano, Thamires Victória fez questão de integrar a equipe. Proveniente de uma escola pública em Ceilândia, a aluna bolsista no Galois sabe o quão importante é essa oportunidade. “Eu sou a prova que quando a gente quer, a gente consegue. Quero ser uma inspiração para eles. Vou dar o meu melhor para que eles possam sair daqui com a melhor experiência possível”, declarou.

O aluno Mateus Diniz, do 9º ano do CEF, adorou a possibilidade de ter aulas com jovens da mesma faixa etária. “É muito legal porque a gente se sente mais à vontade de perguntar as nossas dúvidas e eles têm uma maneira de explicar que é mais fácil da gente entender. Acredito que assim, será mais fácil aprender o conteúdo”, completa Matheus.

“O Galois Athena é uma proposta pioneira, mas estamos muito animados, pois sabemos do seu potencial. Temos projetos aqui na escola que já duram 20 anos e acredito que este também perdurará por muito tempo”, finalizou Angel Prieto, diretor pedagógico do Colégio Galois. 

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