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Brasília

Polícia Civil dá sequência à Operação Grito da Terra, contra grileiros no DF

Nova investida acontece após a prisão de sete pessoas acusadas de grilagem de terras em São Sebastião.

Willian Matos

20/05/2019 7h15

Foto: Divulgação PCDF

Na manhã desta segunda-feira (20), a Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) da Polícia Civil deflagrou uma nova fase da Operação Grito da Terra após prender sete pessoas acusadas de grilagem de terras em São Sebastião.

Uma pessoa ainda está foragida. A operação começou em abril, após a prisão de Alexandre Luiz Xavier de Almeida, 49. Ele é considerado pela Polícia Civil (PCDF) como o líder dos supostos grileiros investigados e responde por homicídio, roubo e tráfico de drogas em Minas Gerais e Goiás.

Segundo a PCDF, as vítimas procuraram as autoridades depois que Alexandre foi preso informando que outros integrantes da suposta quadrilha passaram a comandar. Os moradores são do Assentamento Grito da Terra Aguilhada, localizado na região do Pinheiral, em São Sebastião.

Resumidamente, eles se diziam líderes do local, expulsavam os moradores e assentavam outras pessoas. Depois, passava a cobrar uma espécie de taxa dos novos residentes, sob ameaça de que eles também seriam expulsos caso descumprissem as regras. As taxas variavam de R$ 50 a R$ 100.

“Os criminosos atuavam de maneira semelhante a de milícias, com uso ostensivo de armas e construções de barricadas nas entradas do assentamento para que permanecessem ali apenas daqueles que aceitavam as regras por eles impostas e efetuavam os pagamentos exigidos como uma espécie de “mensalidade” pelos lotes”, explicou a delegada-chefe-adjunta da Dema, Mariana Araújo Almeida.

Todos os investigados já se tornaram réus pelos crimes de parcelamento irregular do solo, dano ambiental, extorsão majorada continuada, coação no curso do processo, corrupção de menores e associação criminosa armada. Tanto o líder, Alexandre, quanto os demais, são considerados indivíduos de alta periculosidade.

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