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Brasília

PMs prendem aluno de artes cênicas que portava arma falsa no ICC

Arquivo Geral

10/02/2011 14h52

R. M. R., estudante de Artes Cênicas da Universidade de Brasília, foi preso por policiais militares na tarde desta quarta-feira por portar uma arma de brinquedo na entrada do ICC Sul. Levado para a 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), o rapaz foi liberado após explicar que o objeto de madeira fazia parte de um espetáculo teatral.

 

Era por volta das 14h30 quando seguranças da UnB pediram para Renato guardar a arma de brinquedo que mostrava a um grupo de amigos. “Havia algumas pessoas assustadas, e os vigilantes acharam melhor averiguar”, conta o prefeito do Campus, professor Paulo César Marques.

 

Quinze minutos depois, os seguranças chamaram a PM. “A arma estava no chão, eu já estava fazendo outra coisa quando uns oito policiais nos cercaram”, lembra Renato. Mesmos explicando que se tratava de um objeto cênico, o aluno acabou sendo levado para a delegacia. “Têm ocorrido muitos crime na UnB, como roubo de carro e estupro. Conduzimos ele para prestar esclarecimentos”, conta o sargento Carlos Almareti.    

 

Na 2ª DP o estudante explicou que se tratava de um objeto cênico para um espetáculo em construção e que ele estava fazendo uma performance no campus como parte dos ensaios para a peça. “Acabei liberado, mas a arma ficou”, conta Renato, que vai retornar amanhã à delegacia para reaver o objeto confiscado. “É parte do cenário”.

 

O delegado Antônio Dimitrov explicou que não há crime na ação do estudante. “Só orientamos ele sobre os riscos de assustar as pessoas e para a própria vida dele em uma atividade como essas em um local público”, diz o delegado, ressaltando, por exemplo, que um policial poderia confundir o estudante com um bandido.

 

Mesmo surpreso com a atitude dos policiais, o estudante não pretende abandonar o projeto da peça. “Não tinha necessidade de fazer como fizeram”, avalia o aluno que faz ele próprio as armas de brinquedo. “Vou levar o projeto para ver se consigo a ‘arma’ de volta para continuar o trabalho”, disse o aluno de 21 anos.

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