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Brasília

Plataforma da Emater promove venda de peixe sem aglomeração

“Põe na Cesta” é opção também para vários produtos agropecuários; conecta consumidor e produtor de forma gratuita

Redação Jornal de Brasília

01/04/2021 16h10

Foto: Emater-DF/Divulgação

As pessoas do Distrito Federal que desejam comprar peixe para o almoço desta Sexta-Feira Santa (2), além de evitar contato com outros consumidores em supermercados, feiras e peixarias podem realizar pedidos pela plataforma Põe na Cesta, coordenado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF).

O aplicativo gratuito possibilita o contato direto entre produtores e consumidores, que negociam preços e formas de entrega.

Pelo menos cinco produtores de peixe das regiões administrativas Paranoá, Planaltina, Lago Norte e Brazlândia estão cadastrados na plataforma. A maior parte das espécies comercializadas é tilápia, peixe mais produzido em criatórios no DF e Entorno, pela facilidade de adaptação ao clima do Centro-Oeste.

O coordenador do Programa de Piscicultura da Emater-DF, Adalmyr Borges, alerta para alguns cuidados que devem ser observados para preservar a qualidade do produto. “É preciso manter a temperatura de conservação durante o transporte do pescado para casa. Chegando na residência, manter na geladeira ou no congelador até o momento do preparo”, recomenda o especialista.

Para os filés frescos, deve-se observar a elasticidade da carne. Ao dobrar, o produto não pode destacar ou apresentar aparência quebradiça. Para os congelados, vale observar a integridade da embalagem, a data de validade e a presença de gelo, que pode indicar se o produto passou por descongelamento. Também é preciso ficar atento ao aspecto geral do peixe.

Mais produtos

O Põe na Cesta foi desenvolvido em julho de 2020 para minimizar o impacto da pandemia aos produtores do Distrito Federal. O acesso à plataforma pode ser feito por computador, tablet, laptop ou celular. Além de peixe, produto bastante procurado nesta época do ano, também são comercializados pela plataforma frutas, legumes, verduras, flores e plantas ornamentais e artesanato, por exemplo.

Todos os produtores cadastrados na plataforma — já são mais de 400 — recebem atendimento da Emater-DF. Em média, o crescimento nas vendas de quem expõe seus produtos na rede é de 25%, segundo o gerente de Desenvolvimento Econômico da Emater-DF, Frederico Neves.

“Os consumidores desejam comprar diretamente do produtor, sem intermediações. Devemos ampliar a divulgação da plataforma junto a estabelecimentos comerciais, como mercados, quitandas e restaurantes”, projeta o executivo.

O produtor interessado em integrar a plataforma, também de forma gratuita, deve ser cadastrado na Emater-DF e no app DFRural, também desenvolvido pela empresa (veja aqui o passo a passo para expor produtos na plataforma).

Mercado de pescado do DF

O Distrito Federal possui uma cadeia produtiva de pescado bem estruturada, com potencial para crescimento. A Emater-DF, de olho nesse mercado, tem realizado ações que incentivam a criação de peixes e trabalhado para aperfeiçoar o escoamento da produção e estimular o consumo dessa proteína pelo consumidor brasiliense.

Brasília é a cidade com o terceiro maior mercado consumidor de pescado no Brasil, com 45 mil toneladas comercializadas anualmente e um consumo per capita de 14 kg por habitante por ano. A média nacional é de 9,5 kg por pessoa por ano.

A principal espécie produzida na região é a tilápia do Nilo, peixe com carne saborosa e sabor suave, muito apreciada em filés, postas e inteira. Pode ser servida grelhada, frita, assada ou em moquecas.

De acordo com Adalmyr Borges, do Programa de Piscicultura, existem no DF 574 piscicultores, com uma produção de 1.800 toneladas anuais. As cidades do Entorno produzem outras 8 mil toneladas. Entretanto, 85% do que é consumido em Brasília vem de outros estados e até de outros países. Em 2020, o Valor Bruto da Produção de peixe gerou mais de R$ 14 milhões aos produtores.

“Nossa participação é pequena no mercado regional. Ainda há muito espaço para a atividade e temos grande vantagem de produzir numa região em que o mercado é próximo, com poder aquisitivo alto e que compra muito pescado”, explica Borges.

Desde o ano passado, os consumidores de Brasília e Entorno ganharam uma nova opção para compra de pescado, com a reativação do Mercado do Peixe, na Ceasa. O espaço é administrado pela Coopindaiá, que tem feito acordo com produtores locais para abastecer o mercado.

A Emater-DF

Empresa pública que atua na promoção do desenvolvimento rural sustentável e da segurança alimentar, prestando assistência técnica e extensão rural a mais de 18 mil produtores do DF e Entorno. Por ano, realiza cerca de 150 mil atendimentos, por meio de ações como oficinas, cursos, visitas técnicas, dias de campo e reuniões técnicas.

As informações são da Agência Brasília

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